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Verão

Especial

Ato na Redenção protesta contra absolvição de empresário no caso Mariana Ferrer

Cerca de 150 pessoas se manifestaram contrárias à sentença que absolveu André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a influenciadora digital

O ato, o terceiro da semana, foi pacífico e bastante colorido, com apoio de pedestres e motoristas que passavam pelo local | Foto: Ricardo Giusti

Manifestantes de movimentos feministas foram às ruas em todo o país neste final de semana. Em Porto Alegre, o ato em favor da influenciadora digital Mariana Ferrer ocorreu na tarde deste domingo, no Parque da Redenção. Cerca de 150 pessoas protestaram contra a sentença que absolveu o empresário André de Camargo Aranha da acusação de estupro feita jovem, que ainda foi humilhada pelo advogado de defesa Cláudio Gastão da Rosa Filho durante a audiência que julgava o caso.

Bandeiras em punho, cartazes escrita à mão e gritando frases de ordem, o grupo, majoritariamente feminino, se reuniu próximo ao Monumento ao Expedicionário. Com a ajuda de um carro de som, algumas lideranças expressavam suas ideias e contavam experiências. O ato, o terceiro da semana, foi pacífico e bastante colorido, com apoio de pedestres e motoristas que passavam pelo local. “A cada oito minutos, uma mulher é abusada. Excelentíssimo juiz, eu quero ser respeitada”, eram algumas das frases ditas ao microfone, repetidas pelos participantes do ato, em alusão às falas de Mariana durante a sessão.

Antes da manifestação, uma intervenção artística do grupo de teatro Levanta Favela estendeu um pano vermelho no chão e cantou músicas de protesto. “A gente quer justiça, tanto para ela, quanto para todas as mulheres que sofrem violência”, afirmou a atriz Danielle Brito. Segundo ela, é importante que cada um dê sua opinião, pois “o mundo pede posição”. Coordenadora geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufrgs, Ana Paula de Souza é integrante do movimento Juntas e lembrou que o caso da influenciadora digital de Santa Catarina não é isolado. “Com este ‘estupro culposo’ que não existe, foi aberto um precedente para outras situações de abusos contra mulheres. Muitas acabam sendo mortas”, completou.

A idealizadora do ato, a comerciante Bruna Gronitzki diz que concebeu o protesto ao saber do caso de Mariana, que se junta a outros crimes diários contra as mulheres. “Não achei que teríamos tanta gente. Mas vi que bastante gente começou a compartilhar o evento nas redes sociais. Foi incrível, não só aqui, como no país todo. A Mariana não está sozinha”. Bruna lembra de situações de assédio que já sofreu. “Estava na fila de um parque aquático, quando alguém se aproveitou e passou a mão em mim”, recorda. Ela lamenta que os homens, em geral, vão demorar para conscientizar. “Mas, as mulheres devem continuar denunciando”, indica.

Christian Bueller