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Especial

Ato público critica anulação do julgamento dos policiais acusados do massacre do Carandiru

Intervenção ocorreu em sintonia com outra ação realizado em São Paulo

Ato ocorreu durante a 62ª Feira do Livro de Porto Alegre | Foto: Ricardo Giusti
Entre os prédios históricos do Memorial do Rio Grande do Sul e do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em meio ao movimento da Feira do Livro, foi realizada, nesta quarta-feira, a intervenção “Carandiru 111”. O ato teve início exatamente às 16h da tarde, exato momento em que a tropa militar invadiu o Carandiru. A ação consistiu na leitura pública dos 111 nomes dos presos assassinados no dia dois de outubro de 1992, na Casa de Detenção de São Paulo. A intervenção ocorreu em sintonia com um ato público realizado em São Paulo pelo artista plástico Nuno Ramos.

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Com folhas A4 estampando o número um, todos os nomes foram lidos pelos participantes. Um dos principais motivos da realização do ato foi a decisão da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, no dia 30 de setembro, que anulou os julgamentos que culminaram com a condenação de 74 policiais militares acusados pela morte dos detentos. O relator do processo, o desembargador Ivan Sartori, acatou a tese os advogados dos policiais militares que alegavam que os réus haviam agido em legítima defesa.

De acordo com o psicanalista e professor do Instituo de Psicologia da Ufrgs, Edson Sousa, o ato foi uma reverberação da ação do artista Nuno Ramos. “Situações como essa são facilmente esquecidas. O nosso dever mínimo é lutar por essa memória”, relatou Sousa. Para o psicanalista, é um absurdo que a Justiça brasileira tenha tomado a decisão de anular os julgamentos. “Ouvimos comentários de apoio e também contrários à causa, o que mostra que muita gente é a favor do que aconteceu. É um retrato importante para saber que se essas coisas acontecem, há um apoio evidentemente em relação a isso”, relatou Sousa.

Jessica Hübler