Ainda atordoada da viagem, que levou 12 horas, Ana Paula posou para os fotógrafos com um urso polar de pelúcia e uma bandeira com a frase "salve o Ártico" estampada. Ela falou com a imprensa que a aguardava no aeroporto de Guarulhos.
"Foram 12 horas de viagem no avião da minha liberdade. Eu passei tantas vezes 12 horas na solitária que 12 horas no avião foi barbada dessa vez", lembrou a bióloga ao desembarcar. Ela deixou a Rússia cem dias após a realização de um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico que levou à prisão de 28 ativistas e dois jornalistas, em 19 de setembro.
A bordo do navio Artic Sunrise, eles haviam se aproximado de uma plataforma de petróleo empresa Gazprom e tentado colocar uma faixa no local. Na época, o Greenpeace alegou que o protesto foi pacífico e que o navio estava em águas internacionais. Ana Paula garantiu que, apesar do desgaste da prisão, o protesto valeu a pena. "Mais pessoas sabem os problemas que estão acontecendo no Ártico e a gente (do Greenpeace) vai continuar denunciando. Continuar mostrando", afirmou.
AE