Minutos antes da meia-noite equipes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Queiroz Galvão já estavam posicionadas nas proximidades do entroncamento da BR 290 (Freeway) com a BR 116 para efetuar o posicionamento das barreiras de bloqueio. Do outro lado da rodovia, no sentido Litoral-Capital, as sinalizações também foram agilizadas pelas equipes. Foi assim que se desenhou o começo do bloqueio total da Freeway na noite de sexta-feira. A interdição, realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Rio Grande do Sul (Dnit/RS) ocorre pela segunda vez em função das obras da nova Ponte do Guaíba.
O trânsito no trecho onde são realizados os trabalhos, que compreende os quilômetros 94 e 95, precisou ser interrompido devido ao lançamento de vigas de sustentação sobre a rodovia. Cada uma delas pesa aproximadamente 140 toneladas. Por conta das alterações, desvios foram organizados pela EPTC para organizar a fluidez do trânsito e orientar quem precisa sair da Capital ou então está chegando. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também prestou apoio.
Esta foi a segunda etapa dos trabalhos. A previsão é que o trecho seja totalmente liberado até as 14h de domingo. O outro bloqueio total da rodovia aconteceu no final de semana dos dias 8, 9 e 10 de fevereiro. A expectativa era de que a interdição fosse mantida da meia-noite de sexta-feira, dia 8 e continuasse até às 14h de domingo, 10 de fevereiro. Na ocasião, por conta da agilidade dos trabalhos, às 19h30min de sábado, dia 9, os trabalhadores já haviam colocado as vigas. O primeiro sentido a ser liberado para os motoristas (Capita-Litoral) foi por volta das 23h de sábado, cerca de 15h antes do esperado.
O Dnit/RS pretendia realizar a segunda etapa dos trabalhos no final de semana passado, entre os dias 15 e 17 mas, por conta da previsão do tempo, que indicava chuva e ventos fortes, os trabalhos foram cancelados e a Freeway não chegou a ser bloqueada. Com tempo firme neste final de semana, a interdição foi mantida e os trabalhos serão finalizados. As proximidades dos bloqueios estão sinalizadas com refletores, flechas luminosas e também indicações de desvios.
Antes mesmo da 1h da madrugada de sábado já era possível observar dezenas de profissionais trabalhando sobre a pista. Isto porque, mesmo que o içamento das vigas seja considerado o "serviço principal", de acordo com o engenheiro do Dnit/RS, Carlos Vieira, outras ações também são desenvolvidas como o posicionamento de guindastes e montagem dos contrapesos. No início da madrugada pelo menos três guindastes já estavam posicionados nas proximidades da Ponte. Vieira afirmou que a expectativa das equipes é finalizar os trabalhos antes das 14h de domingo e repetir o feito da primeira etapa.
Quando a Freeway foi totalmente fechada no sentido Capital-Litoral, diversos motoristas ficaram confusos e precisaram desacelerar para dialogar com agentes da EPTC. Mesmo que as atividades tenham sido amplamente divulgadas, muitos disseram que não sabiam dos bloqueios. A principal dúvida era "como eu faço para voltar para a freeway?", e os agentes rapidamente explicavam o funcionamento dos desvios.
Quem seguia pela Castello Branco para ingressar na BR 290 em direção ao Litoral, região Metropolitana ou BR 448, precisava acessar a rua Voluntários da Pátria e ingressar novamente na freeway, após o bloqueio. Quem pretendia sair de Porto Alegre e seguir ao interior pela BR 290, teve acesso normal pela alça da ponte do Guaíba. Para quem chegava do interior do Estado pela BR 290, a opção é seguir pela avenida Castello Branco ou acessar a avenida Sertório.
Aos condutores que trafegavam pela BR 448, a alternativa foi seguir pela alça de acesso ao bairro Humaitá. O acesso à freeway sentido Litoral não foi alterado. E para aqueles que chegaram em direção à Capital, a rodovia estava interditada no km 92, passando o acesso à BR 116. Para seguir ao Centro da Capital, a opção é utilizar a alça de acesso em direção ao Aeroporto.
Jessica Hübler