De acordo com um dos líderes da ocupação, Lúcio Marlo Leal, a prefeitura adiantou a reintegração no local por ser uma área do Demhab. “Eles furaram a fila para fazer essa reintegração. Há diversas outras ocupações que deveriam estar na frente”, alegou o líder.
Segundo Leal, entre os integrantes do grupo estavam pessoas que pertenciam a outras ocupações. “Elas chegam e separam um pedaço da terra na esperança de poderem levantar uma casa, já que não conseguem pagar um aluguel”, afirmou Leal. Ele ainda ressalta que as lideranças da ocupação queriam ter sido informados alguns dias antes da retomada da posse. “A liminar foi deferida na sexta-feira. Na segunda-feira fomos informados pela BM. Tem gente que não sabe da reintegração, e quando voltar do trabalho vai ver seu barraco no chão”, argumentou.
O comandante do 20° Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Egon Kvietinski, afirma que a reintegração foi cumprida de forma pacífica. “A ocupação não era consolidada. Havia muitos integrantes que fazem parte de outras ocupações e ficavam indo e vindo do local”, disse. Cerca de 135 policiais foram mobilizados para auxiliarem na ação. “Eles sabem que não cabe a Polícia decidir se eles podem ficar ou não. Viemos apenas garantir o cumprimento do mandado”, argumentou o comandante.
Marco Aurélio Ruas