Algumas pessoas que deixavam o trabalho se surpreenderam. "Eles estão atirando em qualquer um? Estou saindo do serviço e estavam mirando em mim", declarou um homem, enquanto corria para pegar um táxi. Pouco antes, o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul havia mantido a desocupação, negando liminar dos advogados dos Lanceiros Negros.
As bombas de gás foram lançadas em direção a um pequeno protesto que havia se formado nas proximidades do prédio ocupado pelo movimento Lanceiros Negros. Depois disso, policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE) também começaram a fazer disparos na direção da rua dos Andradas, impedindo que pessoas se aproximassem ou cruzassem a área.
Os membros do movimento Lanceiros Negros deverão ser encaminhados ao Centro Vida, localizado na Baltazar de Oliveira Garcia, zona Norte da Capital. Cerca de 60 famílias estavam habitando a construção e o governo do Estado do Rio Grande do Sul ofereceu dois caminhões para carregar os pertences. O Piratini pretende utilizar o prédio, conforme nota oficial, com setores da Defesa Civil e Casa Civil.
Quando primeira van com moradores já estava saindo pra ir pro Centro, mais bombas @RdGuaibaOficial pic.twitter.com/W45BQoZeg1 — Daiane Vivatti (@daivivatti) 15 de junho de 2017
Por volta das 23h, eletrodomésticos, móveis e pertences pessoais estavam sendo empilhados nos caminhões. Depois disso, irrompeu o confronto.
Correio do Povo e Rádio Guaíba