"Não significa que estávamos completamente desassistidos até agora. Havia sistemas de emergência que as empresas devem atualizar para fazer qualquer exploração", explicou o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. O plano foi lançado exatamente um dia depois de o governo licitar o campo gigante de Libra, o maior do país e o primeiro da camada do pré-sal, situada entre 5 e 7 km de profundidade, debaixo de uma grossa camada de sal, descoberta em 2007.
Antes do leilão, muitos criticaram a inexistência de um plano de contingência em caso de vazamento, previsto em lei do ano 2000. O Brasil explora boa parte de seu petróleo em alto-mar, mas as novas jazidas estão a uma profundidade ainda maior. O plano pretende evitar acidentes e vazamentos maciços em alto-mar, como o ocorrido no Golfo do México em 2010.
Em novembro de 2011, o campo do Frade, a bacia de Campos sofreu um vazamento de mais de 3 mil barris, em uma área situada 370 km a noroeste do litoral do Rio de Janeiro. Após multas milionárias, em setembro passado a Justiça chegou a um acordo com a americana Chevron e a suíça Transocean, responsabilizadas pelo vazamento, para encerrar as ações judiciais.
AFP