Cerca de 30 expositores tiveram suas tendas visitadas pelo público que compareceu de modo expressivo neste domingo em mais uma edição do Brechocão na Redenção, entre o Parquinho da Redenção e o Auditório Araújo Vianna, na avenida Osvaldo Aranha, no bairro Bom Fim.
A feira de artigos usados, como vestuário, roupas, calçados, bijuterias, acessórios de beleza, bolsas, carteiras, utensílios domésticos, artesanato e até eletrônicos, teve como propósito principal a arrecadação de recursos com as vendas visando à alimentação, hospedagem, castração, aplicação de vacinas, medicamentos e controle de pulgas e carrapatos dos animais resgatados na cidade. O evento tem participação oficial da Prefeitura de Porto Alegre.
“O Brechocão é uma oportunidade de, além dos recursos assegurados, dar visibilidade a ação destas pessoas que lidam com animais de rua, ou de famílias carentes”, declarou o diretor-geral dos Direitos Animais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade, Bruno Wagner.
Na defesa da causa animal
A ativista Lenita Antoniolli afirmou que todos os expositores são voluntários, seja individualmente ou em organizações não governamentais, na defesa da causa animal. Ela mesma cuida 42 cães e 38 gatos. “Tem quem possua até 150”, observou, acreditando que são milhares de animais abandonados na cidade que recebem atenção e cuidados dos voluntários.
Na avaliação dela, o grande problema está na falta de castração dos bichos. “Se não castra, o ciclo vai, vai..e quando se vê estamos com milhares de filhotes”, alertou. “A castração é a solução”, garantiu. Para que não tem dinheiro, destacou, a prefeitura viabiliza a cirurgia do animal de modo gratuito. “É cultural. Tem muitas pessoas que não admitem a castração”, lamentou. “É só ter amor aos animais”, frisou.
Além do Brechocão, o local abriga também uma feira de adoção de animais. Ambas sempre acontecem uma vez por mês, mas em domingos diferentes. Os defensores da causa animal são contra o comércio de animais em lojas. “É terrível. O animal sofre muito”, resumiu, observando que existe um movimento para proibir a venda no país e até proposta parlamentar nesse sentido.
Lenita aproveitou para fazer um apelo nesta Páscoa: não comprem coelhinhos para os filhos. “Coelho não é brinquedo! Que comprem um de pelúcia”, pediu. De acordo com ela, as protetoras são procuradas após o período de Páscoa para buscar os coelhinhos rejeitados.
Correio do Povo