Entre os óbitos por doenças em geral no sexo feminino, perde apenas para os problemas cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). “Perdi meu marido e, além desta tristeza, logo descobri a doença. No entanto, como foi de forma precoce, logo me operei e na segunda-feira iniciarei a quimioterapia”, disse Cida, destacando a importância da prevenção.
Com o intuito de alertar a população sobre o dever do plano de saúde reconstruir de forma imediata a mama, cerca de 200 mulheres caminharam, com bandanas rosas nos pescoço, pelas ruas da zona Norte. O objetivo da ação também foi divulgar o movimento internacional Outubro Rosa, que visa conscientizar as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Conforme o chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Conceição e vice-presidente nacional da Sociedade Brasileira de Mastologia, José Pedrini, cerca de 20 mil mulheres por ano precisam fazer mastectomia (retirada da mama), mas 13 mil não tem acesso à reconstrução mamária.
Através do Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Conceição oferece todo o tratamento, inclusive a reconstrução, desde que as condições da paciente permita. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Rio de Janeiro lidera o ranking dos estados em incidência da doença, com um total de 94 novos casos para cada 100 mil mulheres. No segundo lugar, está o Rio Grande do Sul, com 81 casos.
Wagner Machado / Correio do Povo