Além do pronunciamento das autoridades, haverá projeção do filme publicitário da campanha, que contará com a participação do Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura nos filmes Tropa de Elite 1 e 2. O ministro da Justiça receberá parentes das vítimas da Escola Tasso da Silveira, de Realengo, que pediram audiência para manifestar sua adesão à campanha.
Às 12h, o secretário-geral do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, inaugura o posto de recolhimento de armas do Viva Rio. As armas serão inutilizadas a marretadas no momento da entrega, para que não haja risco de desvio.
A campanha garante também o anonimato de todos que entregarem armas e a indenização tanto por armas legais quanto por armas ilegais. Aqueles que entregarem armas receberão um recibo para retirar a indenização, que varia de R$ 100 a R$ 300, dependendo do tipo de arma, que poderá ser sacado em qualquer agência do Banco do Brasil após 24 horas. A novidade representa um avanço em relação à campanha de 2004, quando havia uma espera de até três meses para o reembolso, e ainda se exigia o CPF do doador.
Às 12h30min, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo assistirá à fundição de mais de mil armas pelo Exército na Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, e anunciará a doação do valor correspondente ao aço obtido para o tratamento de vítimas de arma de fogo. Ele estará acompanhado pela secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e do secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame.
Números
Essa é a terceira campanha de desarmamento promovida pelo governo, que usa como base dados do Mapa da Violência, produzido pelo Instituto Sangari. Com as mobilizações anteriores, nas quais se estima que foram recebidas cerca de 550 mil armas, detectou-se diminuição de até 50% no índice de mortes em algumas regiões do país. De acordo com o Ministério da Justiça, 80% dos crimes ocorridos no Brasil são com armas adquiridas legalmente - a mais usada é o revólver calibre 38.
Segundo o Mapa da Violência, em 2008 foram registrados no Brasil 50.113 homicídios. Naquele ano, o número, que oscilou entre 47 e 49 mil entre 2004 e 2007, voltou a subir e se aproximou dos 51.043 homicídios ocorridos em 2003, ano em que entrou em vigor o Estatuto do Desarmamento, que regulamenta o registro, a posse, o porte e a comercialização de armas de fogo e munição no Brasil.
Com informações da Agência Brasil e Portal R7
Correio do Povo