Duas promotoras do Instituto Oncoguia realizaram uma caminhada pela Feira Orgânicas das 8h às 14h. A iniciativa foi realizada também no domingo no Brique da Redenção. Com uma tela touch screen acoplada no corpo, as duas jovens fizeram perguntas sobre o câncer de mama para quem circulava pela feira. Todos os participantes receberam um material educativo com explicações sobre os mitos associados à doença. As perguntas tratavam sobre se “apenas mulheres podem ter câncer de mama”, “se amamentar ajuda a proteger contra a doença” e se “estar acima do pesso pode aumentar o risco de câncer de mama”.
O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Somente no Rio Grande do Sul, a estimativa é de 5.210 novos casos da doença até o final deste ano. No Brasil, são identificados 57 mil novos casos da doença todos os anos.
Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que a incidência estimada de câncer de mama em Porto Alegre é de 130,99 novos casos a cada 100 mil mulheres, a terceira taxa mais elevada entre as capitais do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Inca, o número é superior a taxa bruta de incidência da doença no Brasil, que é de 56,2 pacientes a cada 100 mil mulheres. Conforme o Inca, 25% dos casos de câncer de mama no mundo estão relacionados à obesidade e ao sedentarismo e 10% dos casos, apenas, são de origem genética.
Além disso, 30% das pacientes apresentam progressão da doença e metástase, mesmo quando a detecção é precoce.
O câncer de mama é mais comum em mulheres - apenas 1% dos casos são diagnosticados em homens.
Cláudio Isaías