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Verão

Especial

Casa da Estrela será transformada em centro cultural no bairro Petrópolis

No local, serão realizados cursos de escultura, oficinas de educação patrimonial e um memorial da Aeergs sobre a história da casa e da escultura no Rio Grande do Sul

Serão necessários mais de R$ 500 mil para recuperar a casa de estilo neocolonial californiano construída em 1946 na rua Camerino | Foto: Guilherme Almeida

O termo de permissão de uso da Casa da Estrela, no bairro Petrópolis, foi assinado nesta quarta-feira pela prefeitura de Porto Alegre. O imóvel têm mais de 60 anos e é uma referência para a comunidade, tanto pela importância de sua arquitetura, quanto pela sua relação com a história do bairro. A cerimônia foi realizada no Paço Municipal e contou com as presenças do prefeito Nelson Marchezan Júnior, do secretário municipal da Cultura, Luciano Alabarse e de representantes da Associação dos Escultores do Estado do Rio Grande do Sul (Aeergs).

O presidente da associação, Lucas Strey, disse que serão necessários mais de R$ 500 mil para recuperar a casa de estilo neocolonial californiano construída em 1946, localizada na rua Camerino. "A ideia é transformar a casa em um centro cultural onde serão realizados cursos de escultura, oficinas de educação patrimonial e também disponibilizar a comunidade um memorial da Aeergs sobre a história da casa e da escultura no Rio Grande do Sul", ressaltou.

O prefeito Nelson Marchezan Júnior assinou o decreto municipal que autoriza a associação a utilizar o espaço situado na rua Camerino, 34, no bairro Petrópolis. O imóvel de 165 metros quadrados e é referência pela importância da arquitetura e a relação com a história do bairro.

O local será transformado em centro de ações culturais para resgatar o convívio dos moradores e valorizar o patrimônio cultural e artístico da cidade. O imóvel passará por obras de recuperação e terá cursos de escultura, jardim com monumentos, oficinas de educação patrimonial e exposições de arte e história.

O prefeito afirmou que o patrimônio municipal deve cumprir a função de atendimento dos interesses públicos. “O compromisso da nossa gestão é encontrar outros imóveis que possam ser fruto de parcerias com a sociedade para entregarmos serviços aos porto-alegrenses. Preservar um patrimônio da cidade é dar a ele uma destinação realmente pública”, acrescentou.

Segundo Alabarse, o imóvel sofreu com as ações do tempo devido a impasses de administração, invasões e processos de reintegração de posse. “É um final feliz de uma novela que levou 15 anos para se resolver. Agora, finalmente, a gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior deu uma destinação para que a população tenha mais acesso à arte e à cultura”, explicou.

Inicialmente, serão realizadas intervenções necessárias para abrir a casa. Os recursos serão obtidos através das leis de incentivo à cultura estadual e federal, e fundos como o Fumproarte, FAC RS e Funarte. “A meta inicial é a recuperação do espaço físico seguindo as exigências da legislação. Depois, estabeleceremos um plano de ações culturais que atenda a todos os interesses da comunidade do Petrópolis e os demais bairros”, destacou o presidente da associação, Lucas Strey. O historiador João De Lo Santos, que acompanha o processo desde 2004, disse que o imóvel é conhecido como Casa da Estrela devido à estrela de pedra desenhada na entrada.

Por causa dos elementos arquitetônicos peculiares, da arquitetura antiga e vegetação alta, a residência passou a ser associada ao misticismo por moradores da região. O antigo proprietário, o capitão Mário Fernandes Pantoja, tinha fama de esotérico e raramente era encontrado pelos vizinhos.

"O pedido de construção da casa é de 1946 e ela possui uma estrela na fachada, na entrada e dentro da residência. A Casa da Estrela que pertencia ao militar baiano que faleceu em 2002 foi uma referência no bairro Petrópolis", acrescentou.

Cláudio Isaías