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Verão

Especial

Casamento agita Unidade de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento

Enfermeiras foram as madrinhas do casamento organizado em apenas quatro horas

Dois noivos costumam selar o casamento religioso num ambiente de sua fé. Ribamar e Suellem Garcez fizeram do Hospital Moinhos de Vento o seu altar. Ela veio de Manaus e ele, morador de Canoas, está internado na Oncologia há cerca de dois meses. “Embora esse não seja o evento que projetamos, Deus é perfeito no que faz”, disse a noiva, ao agradecer a instituição hospitalar. As madrinhas foram as enfermeiras, assim como as recepcionistas matrimoniais, a intérprete vocal e o musicista que dedilhava “É preciso saber viver” sobre o piano.

Cerca de 200 pessoas assistiram com emoção a cerimônia conduzida por Marciana Ittner, diaconisa e coordenadora pastoral. A celebração foi organizada em apenas quatro horas. Tempo suficiente para a corretora de imóveis do Amazonas ficar pronta para dizer o sim. A enfermeira responsável pelo paciente, que trabalhava numa empresa marítima, sensibilizou-se tanto com a história que abriu o coração e o armário para ajudar. “Fui em casa buscar camisa, gravata e vestido de noiva”, disse Luciane Finatto, que mobilizou a enfermaria para organizar em detalhes um casamento às pressas – nem por isso menos especial e importante.

Os dois se conheceram através de um site de relacionamento. Encontraram-se pela primeira vez no aeroporto de Manaus e, desde então, nunca mais se desgrudaram. “Desde que nos conhecemos pessoalmente nunca mais nos afastamos”, disse. O namoro antes era à distância, entre idas e vindas com intervalos entre 15 e 20 dias. Suellem veio de vez para o Rio Grande do Sul desde que Ribamar foi diagnosticado com câncer, em agosto.  Para a superintendente Assistencial do Moinhos de Vento, Vania Röhsig, o paciente sempre é o centro de tudo. “Trabalhamos pelas necessidades e vontades de quem está aqui e precisa de nós”, comentou.

“O casal expressou a vontade de selar sua união e a nossa equipe não poupou esforços para fazer o seu melhor. O que se faz aqui vai muito além da Medicina”, frisou. A mãe de Ribamar, Claudete Garcez, foi quem conduziu a cadeira de rodas do até o altar improvisado no saguão da Oncologia. “Nunca imaginei que fariam tudo isso por nós. O casamento foi lindo”, enfatizou. A nora, ela define como uma benção. “Ganhei uma filha de presente”.   

Justamente na data da oficialização, o casal aniversariava um ano e dez meses desde o primeiro encontro. Ao chegar no quarto, mais uma surpresa: as enfermeiras e fisioterapeutas da equipe enfeitaram com velas e mensagens de amor eterno todo o dormitório cor-de-rosa. Quebraram o silêncio do corredor as gargalhadas de alegria da enfermaria, na disputa acirrada pelo buque de flores coloridas.  

Luciamem Winck