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Especial

Centrais sindicais realizam manifestação pela Previdência Social e serviços públicos

Discursos foram direcionados principalmente ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que na semana passada chamou servidores públicos de "parasitas"

Manifestantes se reuniram no Centro de Porto Alegre | Foto: Alina Souza

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com apoio das centrais sindicais, realizaram nesta sexta-feira uma manifestação em defesa da Previdência Social e "contra o sucateamento dos serviços públicos em todo o país". Em Porto Alegre, o protesto reuniu mais de 100 pessoas e ocorreu em frente do prédio da Travessa Mário Cinco Paus, no Centro Histórico. Os sindicalistas realizaram a distribuição de material com informações sobre a situação do INSS e da Previdência Social. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência (Sindisprev), Daniel Emmanuel, disse que mais de dois milhões de pessoas aguardam há meses ou anos por respostas do instituto e que faltam aproximadamente servidores para suprir as vagas abertas com as aposentadorias. 

Os discursos dos sindicalistas foram direcionados contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, e contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, que, na semana passada, chamou servidores públicos de "parasitas". Segundo Emmanuel, o acesso através do telefone 135, para atendimento é cobrado se a ligação não for feita de um telefone fixo. Dos 96 serviços que as agências prestavam, somente três continuam sendo realizados presencialmente. Os principais como aposentadorias, pensões, salário maternidade, só podem ser encaminhados através do app MEU INSS ou o 135.

Conforme o diretor do Sindisprev, a restrição no atendimento ocorre em função da falta de servidores. "São mais de 19 mil postos de trabalho em aberto no INSS. Nos últimos cinco anos, mais de 10 mil servidores se aposentaram. No Rio Grande do Sul, faltam mais de 1.100 servidores", ressaltou.

Nos discursos de integrantes das centrais sindicais como da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Central Sindical Popular (CSP/Conlutas), eles criticaram a proposta do governo federal de utilização dos militares no INSS. A ideia da União é contratar cerca de sete mil militares aposentados para que realizem o atendimento nas agências.

"O governo federal alega que a medida é para resolver a fila de dois milhões de pedidos de benefícios em atraso. No entanto, esses militares não conhecem as leis da Previdência Social e os sistemas do INSS", ressaltou Emmanuel. O presidente da CUT/RS, Amarildo Cenci disse que os sindicatos estão denunciando o desmonte e o caos instalado no atendimento do INSS, que tem gerado filas tanto nas agências quanto pela internet e tem prejudicado milhões de trabalhadores que estão à espera da análise de pedidos de concessão de benefícios.

“Estamos protestando contra o sucateamento e a destruição da Previdência em consequência da falta de investimentos e da má gestão do governo federal e alertar que a população tem que exigir que os problemas sejam resolvidos”, acrescentou. Os manifestantes afirmaram que o problema da Previdência pode ser resolvido com a reabertura de agências, a criação de uma força-tarefa com os aposentados do próprio INSS e a convocação dos aprovados no concurso do INSS de 2015 e realização de um novo concurso este ano.

Cláudio Isaías