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Verão

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Centro vai acolher até 100 pessoas com Covid-19 com dificuldades de se isolar

Prédio que abrigava a antiga Escola Estadual Marechal Mallet, na Vila Jardim, passou por uma ampla reforma

Centro vai poder receber até 100 pessoas | Foto: Alina Souza

Em uma iniciativa inédita no Sul do Brasil, começou a funcionar nesta quarta-feira, em Porto Alegre, o primeiro Centro de Acolhimento e Isolamento Social (Cais), destinado à população em situação de rua e a pessoas que tenham testado positivo para Covid-19 e apresentem sintomas levas, mas não possuam condições adequadas de distanciamento social. Para isso, o prédio que abrigava a antiga Escola Estadual Marechal Mallet, na Vila Jardim, passou por uma ampla reforma durante os últimos 30 dias, em um investimento de R$ 1,5 milhão, viabilizado em uma parceria entre a Prefeitura e a Fundação Itaú para Educação e Cultura (Fiec), por meio do Programa Todos pela Saúde. O centro vai poder receber até 100 pessoas e a primeira delas estava prevista para chegar na tarde desta quarta-feira.

Segundo Thiago Franklin, presidente do Instituto Renascer, contratado pelo Itaú para o projeto, o projeto vai ser realizado por um prazo de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. “O prédio foi todo reformado e depois que terminar o projeto, ficará de legado para a cidade de Porto Alegre”, afirma. O prefeito Nelson Marchezan Júnior, que fez uma visita ao local, ainda não determinou destino permanente à antiga escola, mas se demonstrou bastante satisfeito com a iniciativa. “A questão do gesto, de instituições nacionais se importarem com a pandemia e com as pessoas que mais precisam aqui, compõe com toda estrutura de cuidado com as pessoas mais vulneráveis. Desde o início da pandemia, Porto Alegre montou uma estrutura de acolhimento e recepção a pessoas mais vulneráveis, que inclui a cesta-básica, 32 banheiros espalhados pela cidade para higienização e a Campanha do Agasalho”, afirma.

A organização e gestão do local estão a cargo do Instituto Renascer, com custos de R$ 3,5 milhões subsidiados pela iniciativa privada, e as despesas de água e energia elétrica, por conta da prefeitura. O secretário municipal adjunto de Saúde, Natan Katz, explica que os pacientes serão encaminhados ao Cais pelas unidades de saúde. No Cais, de acordo com Franklin, o assistido, depois de testado, poderá permanecer por pelo menos 14 dias ou no tempo necessário para não ter mais sinais da Covid-19 no organismo. A estrutura física conta com dormitórios coletivos, sanitários e chuveiros, área de convivência (com televisão, cinema e outras atividades de entretenimento), cozinha e refeitório, sala de teleatendimento, rouparia, sala para reuniões, sistema de monitoramento por câmeras, sala de doação de itens e sala de enfermagem. Para dar conta de tudo, 33 profissionais estarão envolvidos, da segurança à enfermagem.

O Programa Todos Pela Saúde já disponibilizou R$ 1 bilhão para financiar ações de enfrentamento ao coronavírus. A Fiec é uma entidade sem fins lucrativos que tem entre os objetivos a promoção da assistência social, a defesa e garantia de direitos e o fortalecimento da sociedade civil. Já o Instituto Renascer é uma entidade que elabora e executa projetos sociais. Além do Cais, o Instituto é parceiro da prefeitura também no acolhimento de pessoas em situação de rua.

Para fazer o teste

- Ser morador de Porto Alegre
- Teste RT-PCR positivo
- Não ter possibilidade de isolamento adequado em casa
- Ser encaminhado por um profissional de saúde da rede pública.
- Residir com pessoas do grupo de risco ou com idosos com mais de 60 anos.
- Residir com pessoas com comorbidades: HIV, tuberculose, gestante e lactante, câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica, obesos, cardiopatas, diabéticos, hipertensos, insuficiência renal grave ou outras doenças relacionadas à imunossupressão.

 

Gabriel Guedes