Como ocorre tradicionalmente, o 73º aniversário do episódio, realizado na manhã desta quarta-feira, em Porto Alegre, homenageou os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) ainda vivos. “É gratificante, só que é impossível esquecer os que ficaram em Monte Castelo”, comentou o ex-sargento de artilharia Elmo Diniz. Lúcido, aos 96 anos ele recorda claramente os momentos da tomada que definiria o futuro da guerra. Para o veterano militar, o mais difícil de tudo foi a subida da montanha, já que as tropas do exército alemão haviam espalhado bem as suas trincheiras.
“Achei a cerimônia muito gratificante, porque fui homenageado e condecorado”, disse Lot Eugênio Coser, de 94 anos. Ele, que era cabo chefe de peça de metralhadora .30 do 3º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria (RI), participou dos ataques frustrados a Monte Castelo e lembra de ter perdido companheiros. Na manhã de hoje, ele recebeu a Medalha da Vitória, que reconhece a atuação do País em defesa da liberdade e da paz mundial.
Para o general de Brigada do Comando Militar do Sul, Miriano Eder, a Tomada de Monte Castelo é o evento mais emblemático das Forças Armadas brasileiras. De acordo com ele, a cerimônia anual é uma forma de homenagear os hoje senhores que, quando tinham aproximadamente 20 anos, arriscaram a vida pelo Brasil.
O general também falou sobre a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro e disse que, até o momento, não foi solicitado nenhum reforço de tropas do Comando Militar do Sul. “Se o Exército entender que devemos mandar tropas, como já ocorreu anteriormente, nós mandaremos”, afirmou.
Como no ano passado, a cerimônia ocorreu no 3º Batalhão de Polícia do Exército (Batalhão Brigadeiro Jerônimo Coelho). Houve execução da Canção ao Expedicionário e o desfile motorizado dos Pracinhas pelo local.
Henrique Massaro