O relatório refere-se à representação da associação feita em 2012, a qual apresentou denúncia sobre a “precarização” das relações de trabalho, através da terceirização dos serviços de higienização. O embate teve episódio significativo no ano passado, quando foram identificados e reconhecidos pelo Ministério da Saúde casos de infecção hospitalar pelas denominadas superbactérias KPC e NDM-1.
Para a Aserghc, existe relação direta entre a baixa qualidade do serviços terceirizados com a “vulnerabilidade” do hospital à infecção e, ainda, com a “precarização” do trabalho. “Há muita rotatividade, faltam treinamento e material para higiene de ambientes importantes. Esse relatório confirma aquilo que os trabalhadores têm defendido nos últimos anos. O GHC precisa modificar sua gestão para um modelo mais democrático e transparente", argumentou o presidente da entidade, Valmor Guedes.
Segundo ele, a Aserghc irá insistir na representação feita ao Ministério Público Federal (MPF), semelhante à praticada com a CGU. Ontem, o MPF informou que o caso foi remetido ao Ministério Público do Estado, a partir do entendimento de que seria de sua competência.
GHC em busca de esclarecimentos
O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) afirmou ter total interesse na apuração dos apontamentos feitos pela Controladoria-Geral da União (CGU). Em nota, o GHC informou que membros da diretoria estiveram ontem na CGU, em Brasília, para definir ajustes no relatório. “É necessário analisar minuciosamente os documentos e, se for o caso, abrir sindicância, o que permitirá a notificação das empresas e, em consequência, os devidos esclarecimentos.” O GHC garante que seguiu à risca os apontamentos da CGU nos últimos 12 meses. Sugere que o cálculo da Controladoria está equivocado e reforçou a intenção de buscar a responsabilização por eventuais prejuízos ao tesouro público.
Correio do Povo