Um grupo de ciclistas fez um ato por mais segurança, na noite desta sexta-feira, em Porto Alegre. Eles pedem a prisão do motorista de um Volkswagen Voyage, de cor branca, que perseguia e arremessava o veículo contra quem pedalavam entre o Parque Marinha do Brasil e a Orla Moacyr Scliar, na Capital. O suspeito já foi identificado pela polícia, mas não foi detido. A manifestação se concentrou no Largo da Epatur, com destino ao Palácio da Polícia.
“Nós, ciclistas, nos sentimos desprotegidos. Não vemos a coisa andar. Está há um mês nesse ‘prende e não prende’. Não é protesto. Só quero que nos protejam”, disse uma das organizadoras do ato, Rosângela Rodrigues. Apesar de não ser numeroso, o grupo estava bem articulado, de posse de cartazes com dizeres como “Chega de matar ciclistas” e “não ao descaso com o ciclista”. O veículo do suspeito, um homem de 44 anos de identidade não divulgada, foi apreendido na quarta-feira. Enquanto não acontecer a prisão, o medo continua, segundo Rosângela. “Nós não sabemos nem que carro ele está agora. No meu entender, ele vai ficar ainda mais brabo, com o veículo cassado”, revelou.
O diretor do Grupamento de Operações Especiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), delegado Marco Antônio Duarte de Souza, revelou que o pedido de prisão foi solicitado há mais de 30 dias. “Fizemos mais três pedidos suplicando urgência. Ainda aguardando. Desde dia 18 de agosto temos autoria elucidada e reconhecimento concretizado de vítimas”, frisou. Conforme o Tribunal de Justiça e Ministério Público, os delitos do suspeito não justificariam uma prisão.
O suspeito deverá ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.
Christian Bueller