"Isto nos permite entender um pouco melhor o final de uma família de estrelas, muito maciças, que em seu interior estão queimando elementos como o hidrogênio ou o hélio", apontou. As mais maciças queimam até o ferro, e assim "perdem sua fonte de pressão e a gravidade termina ganhando, ocorrendo o colapso".
É precisamente antes deste fenômeno que emitem este brilho, que pôde ser detectado a partir das lentes do Telescópio Branco de Cerro Tololo, situado no deserto do Atacama (norte do Chile), o mais seco do mundo. Para o cientista, estas descobertas mudarão o que se sabe sobre explosões de supernovas e a morte das estrelas.
Também permitirá obter "pistas sobre o misterioso comportamento das estrelas maciças a ponto de explodir", afirmou Takashi Moriya, astrônomo do Observatório Astronômico Nacional do Japão, citado em um comunicado da Universidade do Chile. "Quando a estrela está esgotando seu combustível, algum mecanismo em seu interior provocaria a perda de material em suas regiões mais externas logo antes da explosão, mas não temos uma ideia clara do mecanismo que provocaria o anterior", acrescentou.
Förster espera novas pesquisas que poderão ser realizadas com os grandes telescópios que estão sendo construídos no norte do Chile, como o Large Synoptic Survey Telescope, que todas as noites perscrutará o céu reportando "10.000 eventos a cada 30 segundos".
AFP