Os trabalhos de uma empresa de engenharia contratada pelos permissionários terão início no mês de agosto. No segundo andar, funcionam apenas os banheiros públicos. Já as escadas rolantes seguem estragadas. A 2ª Secretaria da Ascomepc, Adriana Kauer, disse que a recuperação das escadas faz parte do Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) que está sendo executado pela associação que assumiu com o Ministério Público do Rio Grande do Sul a responsabilidade pela restauração do local.
Os 106 permissionários obtiveram uma linha de financiamento de R$ 1,5 milhão junto ao Banrisul para a realização do PPCI, para a elaboração do projeto executivo e para a recuperação das duas escadas. "A nossa missão é reabrir o segundo andar e só poderemos fazer isso com o PPCI", ressaltou.
Um levantamento da prefeitura de Porto Alegre aponta que mais de 150 mil pessoas circulam diariamente pelo local. "O nosso desafio é reativar as atividades do segundo piso, interrompidas desde o incêndio em 2013", destacou. No segundo andar, antes do incêndio, funcionavam restaurantes, escritórios da coordenação do Mercado Público e uma agência do Banrisul.
"O Mercado Público é um prédio lindo, só que sem as pessoas é somente um prédio bonito. O que faz o Mercado ser vivo e ter alma são as pessoas que passam por aqui e as que trabalham aqui todos os dias", acrescentou Adriana.
O incêndio
A parte superior do prédio histórico foi destruído pelas chamas e mobilizou os integrantes do Corpo de Bombeiros de diversas guarnições da cidade para combater o fogo. O combate às chamas levou quase duas horas. O fogo consumiu parte do segundo andar do edifício, em especial do quadrante da avenida Júlio de Castilhos.
As investigações da Polícia Civil chegaram a conclusão de que o incêndio foi provocado por uma fritadeira elétrica que ficou ligada na cozinha do restaurante Atlântico, loja 46, localizado no segundo pavimento. No segundo andar, funcionavam sete restaurantes.
Cláudio Isaías