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Verão

Especial

Com maioria das placas depredada, morador cria sinalização para rua de Porto Alegre

Comissão discute déficit de 40 mil placas na Capital e cogita parceria público-privada

Zelador Valmir Alegrete colocou uma placa de madeira para sinalizar avenida Alegrete, no bairro Petrópolis | Foto: Guilherme Testa
A maioria das placas de rua e de avenidas de Porto Alegre está quebrada, depredada ou com as pinturas apagadas. Quem não conhece bem a cidade tem dificuldades de se localizar. Na rua Bento Martins com a rua Sete de Setembro, próximo do Museu Militar do Comando Militar do Sul (CMS), a placa com o nome Sete de Setembro foi arrancada. Mesma situação ocorre no cruzamento das ruas Miguel Tostes e Mostardeiro e na Santo Antônio com a avenida Independência. As placas com Miguel Tostes e Santo Antônio foram retirados por vândalos.  Na rua dos Andradas com a rua Caldas Júnior, no Centro, a placa indicativa das duas vias está ilegível.

Em alguns casos, os moradores cansados de esperar pelo poder público municipal decidem improvisar. Como foi o caso do zelador Valmir Alegrete, que trabalha no condomínio Toulon na avenida Alegrete, no bairro Petrópolis, que colocou uma "placa de madeira" com o nome da via. "Decidi colocar a placa porque inúmeras pessoas pediam informações no prédio sobre o nome da avenida", destacou. O aposentado Antônio de Menezes, residente na rua Ijuí, disse que uma das dificuldades de quem se desloca pela cidade é conseguir identificar o nome das ruas ou avenidas. "Tem locais em Porto Alegre que simplesmente não tem a identificação do logradouro", ressaltou.

• Placas de rua em Porto Alegre estão sem manutenção há cinco anos




Um levantamento da Associação Gaúcha das Empresas de Publicidade ao Ar livre (Agepal) aponta a existência de cinco mil placas de ruas em Porto Alegre. Deste total, a cada mês, cerca de 50 necessitam de reparos decorrentes de depredações ou acidentes. O vereador André Carús afirmou que o setor privado tem interesse em explorar o serviço de placas de rua e relógios. “A ausência do nome nas vias prejudica os turistas que visitam a cidade e os porto-alegrenses que precisam se deslocar para outros bairros ou trabalhar na Capital”, acrescentou o parlamentar que presidiu a Comissão Especial para Tratar do Mobiliário Urbano da Câmara de Vereadores.

Além disso, segundo Carús, os serviços de transporte por aplicativo e os táxis que atuam na Capital também são prejudicados. Carús disse que durante os 90 dias de trabalho da comissão, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou a existência de um déficit de 40 mil placas de ruas na cidade. "Uma cidade bem sinalizada é uma cidade moderna que se importa com os seus moradores e visitantes", destacou.

No entanto, o vereador reconhece que a prefeitura não possui recursos para a colocação das placas de rua necessárias para Porto Alegre. Ele defendeu a realização de parcerias público-privadas (PPPs) para a colocação de novas placas na cidade. "O apoio do setor privado poderia ser através da exploração de publicidade nas placas e os recursos poderiam reverter para a manutenção do bairro ou rua onde o equipamento foi colocado" sugeriu.

Cláudio Isaías