O primeiro dia da Campanha Nacional de Multivacinação, realizado nesta sexta-feira, foi marcado pela tranquilidade nos postos de saúde de Porto Alegre. Com movimento fraco nas primeiras horas da manhã, o Centro de Saúde Modelo recebeu mães com crianças de até sete anos para atualização do esquema vacinal. Até 29 de outubro, data de encerramento da campanha, o município espera imunizar crianças e adolescentes até 15 anos incompletos.
Em Porto Alegre, o Dia D será em 16 de outubro. Todas as vacinas preconizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a faixa etária estarão disponíveis na rede municipal de saúde de Porto Alegre, de acordo com a faixa etária. Serão oferecidas durante a campanha 14 vacinas para crianças de até sete anos e oito vacinas para crianças a partir de sete anos e adolescentes até 15 anos.
As vacinas oferecidas até sete anos são a BCG, Hepatite B, Pentavalente, Pólio inativada, Pólio oral, Rotavírus, Pneumocócica 10- valente, Meningocócica C, Febre amarela, Tríplice Viral, DTP, Hepatite A e Varicela. Já os imunizantes ofertados para a faixa etária dos sete a 15 anos são Hepatite B, Febre amarela, Tríplice Viral, Difteria e tétano adulto, Meningocócia ACWY e HPV quadrivalente.
O diretor da Vigilância em Saúde, Fernando Ritter, disse que é importante que no período da campanha as crianças e adolescentes com menos de 15 anos sejam levados ou compareçam a uma unidade de saúde, com a caderneta de vacinação, para verificação da condição vacinal.
A imunização contra Covid-19 também estará disponível para adolescentes a partir de 12 anos, mesmo que não esteja relacionada no calendário do PNI. Adolescentes que recebam a vacina Covid-19 deverão aguardar o intervalo de 14 dias para receber qualquer outra vacina do calendário.
Reduziu durante pandemia busca por vacinas de rotina
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a campanha nacional de multivacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos tem o objetivo de colocar em dia doses que estejam em atraso. A pandemia da Covid-19 acentuou em 2020 a queda na procura por essas vacinas de rotina.
Segundo a secretaria, existe uma maior possibilidade de que algumas doenças consideradas erradicadas possam voltar a circular ou aquelas que vinham com baixos índices aumentem. Em especial pelo momento atual, de gradativa retomada das atividades e retorno desse público às escolas.
"Os pais precisam ser cuidadosos e voltar aos postos para colocar em dia a carteira de vacinação dos filhos. Além disso, as mulheres devem retomar, assim que possível, os cuidados com a saúde, fazendo a mamografia e o preventivo de colo", ressaltou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Uma das ameaças é a volta da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, doença causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes contaminadas ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. No Brasil, o último caso confirmado ocorreu na Paraíba em 1989 e em 1983, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
No interior do Estado, neste sábado, dia 2, está previsto o “Dia D” de mobilização, data que se orienta aos municípios a abertura extraordinárias de postos de vacinação.
Cláudio Isaías