Estudar o contexto relacionado à formação da região fronteiriça, abordando aspectos sobre a história militar, memória, estratégia, geopolítica e diplomacia. Esses são os objetivos do Seminário de História Militar sobre a Formação da Fronteira Sul, que iniciou nesta segunda-feira, com a abertura oficial no auditório do Museu Militar do CMS, localizado ao lado do Quartel General, na rua dos Andradas, Centro Histórico de Porto Alegre. A formação vai até o dia 09 deste mês.
O Comando Militar do Sul (CMS) recebe a atividade, que inclui no roteiro cinco municípios gaúchos: Porto Alegre, Rio Pardo, Bagé, Rosário do Sul e Uruguaiana. A atividade será voltada a militares, civis, estudantes, professores e pesquisadores a fim de preservar e divulgar o patrimônio imaterial do Exército, expresso em suas tradições, celebrações e valores militares. A palestra magna “Processo de formação das fronteiras meridionais do Brasil” foi ministrada pelo coronel Luiz Ernani Caminha Giorgis.
Conduzido pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), sediada no Rio de Janeiro, por meio do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército (CEPHIMEx), em parceria com o Comando Militar do Sul (CMS), a 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (3ª Bda CMec), a 6ª Brigada de Infantaria Blindada (6ª Bda CBld), a 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (2ª Bda CMec) e a Academia de História Militar Terrestre do Brasil/RS (AHIMB/RS), a programação completa envolve ainda palestras, debates e visitas a pontos como o Forte de Santa Tecla e o Museu Dom Diogo de Souza, em Bagé; o local da Batalha do Passo do Rosário, em Rosário do Sul e sítios históricos em Uruguaiana.
O comandante do CMS, general Valério Stumpf, enfatizou no seu discurso de abertura a importância do seminário, que vai passar por terras que consolidaram a fronteira Sul. “É um resgate da história nesse período para cultuar ainda mais o Estado”, reforçou.
O diretor do DPHCEx, general Carlos Augusto Ramires Teixeira, apresentou a importância desse estudo na abertura do evento. O coronel e historiador militar do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército, Cláudio Skora Rosty, explicou que entender a relevância histórica do Sul para o Brasil é um conhecimento que deve ser compartilhado com a sociedade e estima que o projeto tenha duração de três anos, com visitas em cidades que estão sendo escolhidas conforme a sua representatividade histórica. “A nossa previsão é visitar Rio Grande, Pelotas, Jaguarão, Santana do Livramento e Quaraí em 2022 e, em 2023, pretendemos percorrer cidades no Noroeste do Estado”, ressalta.
Segundo o historiador ,após a conclusão desse estudo, a finalidade é contribuir com o acervo histórico e, a partir do resultado da pesquisa, publicar anais do evento.
Taís Teixeira