“Passados 30 dias da última vistoria, voltamos para acompanhar a execução. A meta é até o final deste ano entregarmos à população essa rodovia com funcionalidade. O recurso está garantido. Mas é um desafio. Enquanto eu não chegar aqui e ver que começou esse reassentamento, saio daqui preocupado”, ressaltou Marun, após sobrevoar as obras e também acompanhar o andamento por água.
Foto: Alina Souza
O impasse envolvendo a remoção das famílias tem sido o calcanhar de Aquiles da obra já há alguns meses, uma vez que o processo já deveria estar concluído, levando em consideração a execução do projeto. Ao todo, são cerca de mil famílias que estão em áreas junto às alças ou na beira de onde passará a rodovia. Mesmo assim, o foco atual do governo é garantir a retirada de 120, para viabilizar a travessia dos veículos. Marun destacou que foi oferecido o modelo de "compra assistida", em que as famílias indicam as residências, dentro da margem de valores, que querem comprar. "É o sistema que mais beneficia aqueles que serão reassentados. É destinado um recurso e as famílias têm a possibilidade de escolher onde querem morar".
Segundo o ministro dos Transportes, a funcionalidade é que a travessia total será possível, porém, algumas alças de acesso não estarão prontas ainda. Atualmente, a obra está cerca de 68% concluída. “É uma obra que está andando numa velocidade extraordinária. Precisamos correr com o reassentamento. O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) junto com a Justiça já agendou a audiência de conciliação para poder negociar a retirada das famílias”, explicou Casimiro.
Em relação aos recursos, assegurou que a obra tem prioridade no governo federal. Além dos cerca de R$ 600 milhões já liberados, a previsão é que sejam necessário mais R$ 100 milhões para dar funcionalidade à rodovia. Desse valor, R$ 50 milhões serão repassados na próxima semana. O projeto inteiro estava estimado em R$ 900 milhões.
Mauren Xavier