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Coordenador de piquete pede desculpas por “senzala” no Acampamento Farroupilha

Tentativa de reproduzir história dos lanceiros negros gerou revolta e indignação

Instalação foi fechada e começa a ser modificada pelo piquete | Foto: Alina Souza
A tentativa do Piquete Aporreados do 38 de contar a história dos Lanceiros Negros no Acampamento Farroupilha gerou revolta, polêmica e pedido de desculpas por parte dos organizadores. No espaço destinado ao grupo de tradicionalistas, eles tentaram reproduzir uma senzala para “lembrar do local” de onde saíram os soldados que engrossaram as fileiras dos revolucionários (e acabaram traídos pelos seus comandantes).

Na instalação, que tinha uma fachada toda pintada de preto com a palavra Senzala em branco, manequins apareciam acorrentadas a pedaços de madeiras para representar a tortura que o povo negro sofria no período. O projeto causou muita revolta e indignação nas redes sociais e acabou sendo fechado pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), que repudiou “toda e qualquer forma de discriminação com o povo negro (Leia a íntegra da nota abaixo)”.

“Como foi um fato que ocorreu, não via problema, mas dizem que não se pode tratar a história desta forma. Aceito o argumento e não vamos mais montar nenhum projeto com essas conotações. Fomos ingênuos e lamentamos pelo ocorrido”, revelou o Cleonilton Almeida, coordenador do Piquete.

O local foi fechado e será reaberto com a história do próprio piquete. “Nosso pedido de desculpas aos negros que nós atingimos, pois não tínhamos nenhuma intenção em relação ao racismo. Estamos há 32 anos montando projetos culturais e recebemos a média de 40 mil visitantes por ano. Estamos aqui para contribuir com a cultura gaúcha e não queremos nenhuma polêmica”, afirmou Almeida.

A prefeitura de Porto Alegre divulgou nota afirmando que “a mostra do piquete sobre escravidão e senzala não fazia parte do Projeto Turismo de Galpão, coordenado pelo município, um projeto que evidencia atividades culturais ligadas ao tradicionalismo, nos seus autênticos aspectos gastronômicos, musicais e artísticos. A prefeitura repudia qualquer ato que faça exaltação ao período da escravidão no Brasil”.  

Correio do Povo