Formado em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Urfgs), ele disse que a votação expressiva carrega uma grande responsabilidade. "Nós vivemos uma época difícil no país e no Estado. As instituições públicas, seja qual for tamanho e missão, têm uma responsabilidade redobrada. Nosso desafio é vencer a grande demanda de atendimento em função da crise econômica, que aumentou muito", destacou.
Ele afirmou que, de 2015 para 2016, houve um acréscimo de 13%, já de 2016 para 2017, foi 8,5%, dentro da chamada curva histórica. "Aumentamos o número de atendimentos, diminuímos o número de ações ajuizadas e duplicamos os atos extrajudiciais. A principal demanda é da área de conflitos familiares, pensão alimentícia, guarda e visitação das crianças", salientou. Houve acréscimo na busca por leitos hospitalares e remédios.
Agora, o desafio é expandir o serviço, mesmo com os recursos públicos escassos. "Minha meta, mas não sei se conseguirei, é a de que precisamos avançar no número de comarcas que atendemos. Temos 165 unidades que atendem 497 municípios. Essa é a organização do poder judiciário. Em 10 comarcas ainda não estamos presentes, em outras 25 fazemos atendimentos uma vez por semana, o defensor se desloca de uma comarca para outra. Sabemos que isso é precário, não é eficaz", reconheceu. Conforme o defensor geral, as comunidades cobram a defensoria. "Queremos avançar, não sabemos em que velocidade, mas vamos trabalhar com apoio das entidades para isso e, sobretudo, das comunidades que sentem essa falta."
Correio do Povo