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Desde 2013, Cuba coopera com o plano projetado por Dilma, do Partido dos Trabalhadores (PT), para levar saúde às regiões mais pobres do Brasil. No total enviou 11.400 médicos, o que representa, por sua vez, uma das principais fontes de divisas para a ilha socialista, que enfrenta dificuldades econômicas devido à crise da Venezuela, sua maior aliada.
A participação cubana foi colocada em xeque após o impeachment de Dilma, em 31 de agosto, em um controverso julgamento no Congresso por acusações de corrupção que a ex-presidente negou. Cuba classificou sua saída de "golpe de Estado parlamentar e judicial", ao mesmo tempo em que se distanciou do governo de Michel Temer, que a substituiu.
Em seu comunicado, o ministério da Saúde disse que no fim de maio realizou consultas com a então presidente Dilma e com o ex-presidente Lula - também investigado por suposta corrupção - sobre a continuidade do programa, que também conta com a participação da Organização Pan-Americana da Saúde. Sem mencionar o governo de Temer, acrescentou que seguirá participando do programa "enquanto se mantiverem as garantias oferecidas pelas autoridades atuais".
AFP