A defesa da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais foi um dos assuntos mais lembrados e considerado um dos maiores desafios do trabalhador em 2010 pelos manifestantes. Também houve críticas ao Poder Judiciário.
O ato público começou por volta das 10h. O tempo nublado e frio fez o público chegar timidamente ao parque, mas, por volta das 11h, quando o sol despontou, o movimento também aumentou. Uma grande bandeira da CUT foi estendida no gramado.
O evento alternou entre discursos e atrações musicais, com destaque para homenagem ao cantor Leonardo, falecido no mês de março. Para o presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowsky, apesar de nos últimos 16 anos ter sido superada a marca de 50% da mão-de-obra trabalhadora com carteira assinada, ainda há muito para se lutar pelos direitos da categoria. “Precisamos avançar com políticas públicas de incentivo à formalização do trabalho e de qualidade de vida”.
Segundo o sindicalista, no próximo dia 18, será promovido um dia nacional de mobilizações e paralisações de atividades em defesa da redução da jornada de trabalho. “Haverá greve nos setores onde for possível e debates em torno desse importante tema”, afirmou ele.
Diversas lideranças de movimentos sociais subiram ao palco montado na Redenção para discursar. O secretário-geral da CUT, Quintino Severo, criticou o Judiciário, ao afirmar que o poder trabalhava “a serviço do capitalismo e do latifúndio”.
Janine Souza/Correio do Povo