O chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Conceição, José Luiz Pedrini, disse que o Outubro Rosa consiste em alertar a população para que faça os exames. “É importante que as mulheres percam o medo e procurem os serviços de saúde e exijam a reconstrução da mama”, destacou. Segundo Pedrini, todo o tratamento que for feito na fase inicial a chance de cura é de 90%. Caso a doença esteja em estado avançado o tratamento da mulher é mais pesado e o índice de cura cai muito.
A diretora superintendente do GHC, Adriana Acker, explicou que a caminhada teve o objetivo de mostrar que o câncer de mama pode ser prevenido e diagnosticado precocemente. “Hoje é um dia de celebração da vida e precisamos envolver toda comunidade para buscar conscientizar a população sobre a doença. O câncer de mama é a maior causa de morte em mulheres entre 15 e 49 anos no Rio Grande do Sul.
Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostra que o país registra cerca de 58 mil novos casos da doença por ano, com 14 mil mortes. No Rio Grande do Sul, são aproximadamente cinco mil novos casos anualmente e em torno de 1.100 mortes, sendo a maior causa de óbito em mulheres entre 15 e 49 anos.
O Estado, juntamente com Rio de Janeiro e São Paulo, tem a maior incidência da doença: são cerca de 92 novos casos para cada 100 mil mulheres por ano. A caminhada marcou os 17 anos da primeira cirurgia de reconstrução mamária com prótese de silicone autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no país, dentro do Programa Nenhuma Mulher sem Mamas, realizada no hospital Conceição.
Os voluntários do Grupo da Mama Conceição comemoraram o cumprimento da lei dos 60 dias entre o diagnóstico e o tratamento nos casos de câncer de mama, bem como o fato de o Hospital Conceição, com atendimento 100% SUS, ser referência mundial em pesquisa para novas drogas para o câncer de mama.
Cláudio Isaías