A comerciante Vera Lúcia de Oliveira Nunes, 48 anos, constatou alterações na pressão quando realizou a aferição: estava 15 por 10. "Nem imaginei que estaria alta, não estou sentindo nada", disse. Segundo ela, serviços deste tipo são importantes e deveriam ser realizados com maior frequência. "Na correria da nossa rotina nem sempre dá tempo de ir ao médico, agora que descobri a pressão alta vou buscar tratamento", afirmou.
De acordo com a cardiologista do HDP e coordenadora da ação, Diane Roso, quando é constatada alguma alteração na pressão, a pessoa é orientada a procurar atendimento médico. "Precisamos que o paciente busque o diagnóstico correto, se for hipertensão, por exemplo, é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares", enfatizou. Segundo Diane, é preciso chamar atenção para os fatores de risco. "As doenças cardiovasculares são as que mais matam no Brasil, antes do câncer e dos acidentes. Com medidas simples de mudanças de hábitos de vida, conseguimos evitar as doenças do coração", ressaltou.
Cerca de 300 mil pessoas por ano sofrem infartos no Brasil (30% dos casos o ataque cardíaco é fatal). Aproximadamente de 80% das ocorrências, entretanto, poderiam ser evitadas com medidas simples de hábitos saudáveis. Conforme Diane, exercícios físicos regulares, abandono ao tabagismo, alimentação saudável com diminuição do sal e do açúcar, controle da pressão alta, controle do diabetes e redução da bebida alcoólica são medidas que podem ser tomadas neste sentido. "Precisamos alertar a população para mudar o estilo de vida", declarou.
Jessica Hübler