Em Torres, o animal havia sido visto boiando, já sem vida, próximo da praia da Guarita. De acordo com o presidente do Grupo de Estudo de Mamíferos Aquáticos do RS (Gemars), Paulo Ott, a baleia é da espécie jubarte. “Ela possui cerca de 8,5 metros de comprimento e devia ter cerca de um ano”, relatou o biólogo. A espécie encontrada em Cidreira já estaria morta há alguns dias devido ao estado de decomposição. “É provável que se trate de uma baleia de Bryde. Ela tem quase doze metros de comprimento e já estava sem padrão de coloração”, disse Ott. Ele acredita que talvez se trate da mesma baleia que encalhou em dezembro no parque de Itapeva.
De acordo com ele, os dois eventos não tem ligação. Ao contrário dos três casos que ocorreram em julho do ano passado, quando duas baleias encalharam enroladas em redes de pesca, a motivação para os animais aparecerem nas praias é atípica. “Não é época nem de alimentação e nem de reprodução”, alegou o biólogo. Segundo Ott, principalmente no caso da espécie jubarte, que costuma passar longe do Litoral, mostra uma alteração de comportamento.
Mauren Xavier