“Nunca estivemos tão perto”. A afirmação é do secretário Extraordinário de Parcerias do RS, Bruno Vanuzzi. A pasta responde sobre o processo de licitação que vai revitalizar a Estação Rodoviária de Porto Alegre, após anos de espera. O terminal funciona no Largo Vespasiano Júlio Veppo, no Centro Histórico. O contrato tem previsão de duração de 25 anos, com uma expectativa é de 70% de mudanças que possam ser implementadas já nos primeiros três anos.
Apontamentos sobre dados contidos no contrato retornaram do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e foram enviados para homologação por parte da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). Segundo Vanuzzi, a avaliação final do órgão regulador deverá ser entregue na próxima semana. “Provavelmente, demorará de três a quatro semanas para a publicação do edital. Será ainda este ano”, garante o secretário. Para ele, as diferenças entre a versão original do projeto e as recomendações do TCE chegaram a um denominador.
O investimento privado previsto é de R$ 87,398 milhões. O valor de outorga fixa inicialmente divulgado era de R$ 8,259 milhões a ser paga à vista na licitação e o valor de outorga variável, de 5% da receita bruta durante a vigência do contrato. Sem falar em números, Vanuzzi informou que o TCE sugeriu pela redução do valor da outorga mínima. “Em breve, divulgaremos o valor final”, projetou. A mudança no valor está relacionado à pandemia, que acarretou em problemas também no transporte e uma diminuição de passageiros e, consequentemente, possível alteração na precificação.
Antes do novo coronavírus, a Rodoviária de Porto Alegre, a maior do Rio Grande do Sul, tinha uma circulação de 11 mil a 12 mil pessoas por dia e havia à disposição dos usuários mais de 500 horários fixos de ônibus. A movimentação atual é de cerca de duas mil pessoas por dia e são disponibilizados uma média de 150 a 170 ônibus diariamente, segundo a Veppo, concessionária que hoje administra o terminal.
Entre as melhorias elencadas por Bruno Vanuzzi, estão a climatização das salas de espera, escadas rolantes, elevadores, sistema de segurança e monitoramento, coberturas no embarque a acesso, integração ao Trensurb e melhorias no trânsito e no entorno. “Inclusive o Xis da Rodoviária será beneficiado”, garante o secretário, que chama o processo de progressivo em que “tudo vai dar certo”.
Christian Bueller