Entre os trabalhadores submetidos a situações de trabalho análogas à da escravidão, estavam idosos e adolescentes com idades entre 11 e 17 anos. Os adolescentes resgatados faziam o mesmo trabalho de adultos, utilizando facas e outros instrumentos para raspar a casca da mandioca. O grupo ainda não define o caso como trabalho análogo à escravidão porque a ação ainda não foi concluída.
As condições precárias e violadoras de direitos, contudo, foram confirmadas. Segundo informações do Ministério do Trabalho, as máquinas utilizadas para a produção apresentavam riscos graves e iminentes aos operadores e aos demais trabalhadores que ali circulavam, sem contar o calor excessivo e o pó característico da moagem e secagem da farinha a que os operários eram expostos.
Devido à situação encontrada na averiguação feita nos locais, as atividades foram encerradas pelo coordenador da ação, auditor-fiscal do Trabalho, André Wagner. O Grupo Móvel busca um acordo com o empregador para o pagamento dos direitos trabalhistas de todos os resgatados. A ação contou com a participação da Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público do Trabalho e Defensoria Pública da União (DPU) e ainda não foi concluída.
Segundo o Observatório Digital do Trabalho Escravo, ferramenta construída pelo MPT e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, até 30 de novembro de 2017, última data de atualização dos dados, 43.696 trabalhadores foram resgatados no Brasil.
Agência Brasil