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Empresas dizem que em 15 dias podem não ter nem dinheiro para abastecerem ônibus

Contas não fecham na operação do transporte coletivo de Porto Alegre, conforme a ATP

Serviço de ônibus de Porto Alegre pode colapsar em breve, mas problema não é exclusivo da Capital e outras cidades do país correm o mesmo risco, segundo engenheiro da ATP | Foto: Ricardo Giusti

A Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) estima que em aproximadamente 15 dias, as empresas não tenham dinheiro para abastecer os ônibus da Capital com diesel. O alerta é do engenheiro de transporte da entidade, Antônio Augusto Lovatto. “A situação é muito dramática. Tem todo um número enorme de motoristas e cobradores que estão parados, onde antes transportávamos 800 mil passageiros, agora são 200 mil passageiros por mês”, relata. A solução não passa por reduzir ainda mais a quantidade de veículos circulando, segundo o representante da ATP.

“A prefeitura determinou uma ordem de serviço para o sistema, como um todo, de execução de um número de horários X, que abrange todos os bairros de Porto Alegre, que tem um custo de R$ 42 milhões e receita de R$ 16 de milhões”, aponta. O engenheiro se refere à redução na oferta de horários em 25%, iniciada no dia 24 de março. Naquela ocasião, a queda na demanda chegou a 70% no dia 20 do mês passado. Neste final de semana, a oferta do número de viagens teve redução de 33% em relação a um sábado habitual, enquanto no domingo, 5, a diminuição será de 40%. No fim de semana retrasado, a redução na tabela horária já tinha sido de 26% no sábado e 39% no domingo. “Foi uma medida que veio cheio de restrições, como evitar que passageiros fiquem em pé. Em razão disso, a receita não cobre os serviços também”, frisa.

Conforme Lovatto, são necessários R$ 26 milhões para manter o serviço operacional. “A diferença é um absurdo. Não existe isenção de imposto que cobriria isso. Então pedimos um aporte da Prefeitura, para cobrir a folha de pagamento e também que sejamos remunerados por quilômetro e não por passageiro”, solicitam. A Prefeitura de Porto Alegre, por meio da EPTC, foi procurada pela reportagem e até o fechamento não havia se manifestado sobre o assunto.

Gabriel Guedes