Segundo o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários no Rio Grande do Sul (ABPT/RS), Wilen Manteli, a maior parte das empresas paga aluguel para utilização do local e pretende seguir fazendo uso dos espaços. Ele afirma que elas respondem por mais de 40% do fornecimento de areia, brita, cascalho e concreto para a construção civil da Capital e da Região Metropolitana. “Caso a decisão da Superintendência de Portos e Hidrovias seja mantida, vai ocorrer o fechamento de 11 empresas que operam na região e que tem um faturamento anual de R$ 213 milhões”, destacou.
Já o superintendente de Portos e Hidrovias da Capital, Pedro Obelar rebate, destacando que os contratos com as empresas em fase de despejo venceram há mais de 15 anos e que não há pagamento pelo uso dos terrenos. O superintendente esclareceu que pretende destinar, após as desapropriações, uma área específica para a utilização de empresas ligadas à extração de areia no porto. “A partir da liberação dos espaços, a SPH iniciará o processo de licitação, dando igualdade de participação a todas as empresas que tiverem interesse na utilização das áreas, com vistas ao aproveitamento da hidrovia como modal de escoamento de produção”, explicou.
O Estado pretende remover um total de 21 empresas identificadas, conforme a SPH, operando de forma indevida na orla do Guaíba. A meta é permitir a instalação de fornecedoras de componentes de plataformas de petróleo construídas no Polo Naval de Rio Grande.
Com informações dos repórteres Cláudio Isaías e Gabriel Jacobsen
Correio do Povo e Rádio Guaíba