"O cultivo sob condições como as de Marte é uma importante fase desta experiência", declarou Julio Valdivia Silva, astrobiólogo peruano. A batata foi semeada em um ambiente restrito especialmente construído, chamado "CubeSaT", que faz parte do projeto "Batatas em Marte" do CIP.
Os pesquisadores do CIP concluíram "que as futuras missões a Marte que desejarem cultivar batatas terão que preparar o solo com espaço e nutrientes para permitir que os tubérculos tenham suficiente ar e água". "Se podem tolerar as condições extremas as quais estão expostas no nosso CubeSat, têm uma boa chance de se desenvolver em Marte", disse Valdivia.
Utilizando terra adubada e similar a encontrada em Marte (seca e salgada), que os cientistas recolheram no deserto de Pampas de la Joya, no sul do Peru, o CIP aplicou no CubeSat, um ambiente hermeticamente fechado, água rica em nutrientes e um controle de temperatura seguindo o dia e a noite no Planeta Vermelho, mantendo os mesmos níveis de pressão do ar, oxigênio e dióxido de carbono do vizinho inóspito da Terra. Para a experiência, o CIP selecionou cerca de 100 variedades de batata, algumas com capacidade natural de resistir com pouca água, em terras salgadas e imunes a vírus.
AFP