O jovem era querido pelos amigos, muitos deles estudantes do Colégio Militar de Porto Alegre, onde se formou em 2013. Gabriel foi “Destaque Esportivo de 2013”. Ele praticava futebol e atletismo. Chegou a cursar um ano do curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), para o qual passou em sexto lugar. Porém, trancou a faculdade para se dedicar ao concurso da Academia Militar das Agulhas Negras. “A nossa família é de militares. O sonho dele era seguir carreira”, contou a mãe. O irmão gêmeo, Pedro, disse que o período de festas foi muito difícil para a família. “Foi como perder um pedaço de mim”, declarou.
Patrícia já havia perdido o marido recentemente. “No dia 20, quando ocorreu o acidente, completaria um ano e meio”, disse. Um dos irmãos, Tiago, 28 anos, ressaltou que a família confia no trabalho da Polícia Civil para a investigação do caso. O motorista que o atropelou se feriu no acidente e chegou a ser internado no Hospital Cristo Redentor. O irmão mais velho, Diogo, 30, observou que não cabia a eles analisar o comportamento do condutor. “A Justiça é que vai falar”, salientou.
A namorada de Gabriel, Mariana, ainda estava muito abalada. Ela caminhou junto com o grupo, que vestia camisetas brancas e segurava balões, além de cartazes. “Ele era uma pessoa excelente em todos os sentidos. Apesar da posição de capitão do time de futebol, sempre foi humilde e estimulava os outros jogadores”, contou o professor de Educação do Colégio Militar Física Otto Hagen. O outro professor da mesma disciplina, Clóvis Rodrigues observou que o jovem foi um ótimo atleta e um destaque entre os alunos.
Karina Reif