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Verão

Especial

Filas e espera de 3 horas: o 1º dia de emissão da nova carteira de identidade em Porto Alegre

Falta de conhecimento sobre critérios para fazer novo documento gerou reclamações

Tempo médio de espera para atendimento era de 3 horas | Foto: Alina Souza

O primeiro dia da emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) em Porto Alegre foi marcado por longas filas e muita espera para atendimento. Antes do início do atendimento, dezenas de pessoas já aguardavam a distribuição de fichas de atendimento nesta terça-feira no Posto de Identificação do Instituto-Geral de Perícias (IGP), na avenida Azenha. Entre as novidades da nova carteira de identidade estão o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como registro geral e a informação se a pessoa é doadora de órgãos - no caso de maiores de 18 anos.  

Por conta da demanda no local, o tempo médio de espera para atendimento era de 3 horas. E muita gente que já tem a carteira de identidade desconhecia que o serviço era apenas para quem nunca havia feito o documento, o que acabou gerando reclamações.

A professora Cibele Schmitz Hofmann, 42, chegou ao posto do IGP com duas missões: buscar a carteira de identidade - ainda do modelo antigo - da filha Monique, 12, e fazer a primeira carteira de identidade do caçula Vinícus, 7. Os três entraram na fila para atendimento às 11h30. 

Mesmo com muita gente na frente, o trio estava preparado para uma longa espera. Conforme Cibele, o cenário era bem diferente semanas atrás, quando fez a carteira de identidade da filha. “Realmente me surpreendeu, porque nós chegamos aquele dia e não levamos nem cinco minutos para ser atendidos. Foi bem rápido. E hoje com essa mudança deu mais movimento”, afirma. “Estamos preparados para encarar a fila. Tenho que aproveitar que estou de férias. E eles também. Se não tem que faltar escola”, destaca.

A dona de casa Fabiana Lima Gonzaga, 40, ingressou na fila às 11h15. Na companhia do filho Elias, 13, ela aguardava para ser atendida, após uma hora de deslocamento de Gravataí a Porto Alegre. “Ele não tinha documento de identidade ainda. Agora hoje ele vai fazer”, comemora. Ela explica que o documento é importante para as consultas médicas do filho. E vai ajudar ele também mais tarde para arrumar um emprego, porque eles pedem documento. É importante ter a carteira de identidade, vale a pena esperar”, reforça. 

Diretora substituta do Departamento de Identificação (DI), a papiloscopista Flávia Viana Ferreira, afirma que o Rio Grande do Sul é o primeiro estado a emitir o novo documento. “Desde muito cedo, antes das 7h, já tinha essa fila que ia até a esquina dobrando a avenida Ipiranga”, observa. Conforme Flávia, muitos usuários entenderam que a ação tinha como objetivo renovar o documento. “Nesse primeiro momento a gente vai fazer só para aquelas pessoas que nunca tiveram carteira de identidade no RS”, alerta. 

Ela explica que as pessoas que já tem RG devem ser chamadas para confeccionar o novo modelo apenas em setembro. “Não tem que sair correndo para fazer nenhum tipo de renovação porque não vai conseguir emitir esse documento novo nas segundas vias. E o documento antigo tem uma validade de dez anos a partir do decreto que foi em fevereiro de 2022. Então ainda vai valer até 2032 quem tem a segunda via”, salienta. Além de constar o CPF, ela reforça que o novo documento confere mais segurança. 

“É bem mais seguro do que o antigo por possuir mais itens de segurança, um QR onde vai ter todas as outras informações. Vai ter a validade do documento, vai constar a impressão digital, e isso também ajuda a evitar falsificações”, afirma. A demanda para fazer o documento no Departamento de Identificação também surpreendeu. “A gente tem uma capacidade de atender mais ou menos 500 pessoas por dia. E isso já deu só pela parte da manhã, quando já atingiu a média diária. Agora perto das 10h30 já tínhamos distribuído e colocado em espera 400 pessoas”, justifica.

Conforme Flávia, o documento novo é gratuito. O prazo de validade da nova carteira de identidade depende da idade do titular no momento da expedição: cinco anos para crianças de até 11 anos e dez anos para quem tem de 12 a 59 anos. Pessoas com mais de 60 anos não precisarão trocar o documento. Os documentos do modelo atual valem até 28 de fevereiro de 2032.

Felipe Samuel