A negociação, encerrada no início da tarde no Palácio do Planalto, foi feita pelo ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino. Segundo ele, o governo concordou em suspender licitações dos portos até a data acordada com os trabalhadores, apesar de garantir que não havia licitações previstas até lá. No entanto, o ministro disse que os estudos para o início desse processo estão mantidos. Cristino não descartou mudanças no texto da MP. “Não temos intenção de mudar a essência do texto, mas estamos abertos à negociação”, garantiu.
Os representantes dos trabalhadores comemoraram o resultado da paralisação desta sexta e consideraram essencial para a abertura de negociações com o governo. No Rio Grande do Sul, cerca de 50% dos trabalhadores de seis portos aderiram à mobilização. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, presidente da Força Sindical, 36 portos em 12 estados participaram do ato. “A greve foi o sucesso. Nossa dificuldade era ter o diálogo e conseguimos abrir este canal”.
Com o acordo, está suspensa a paralisação prevista para a próxima terça-feira, conforme estratégia que havia sido aprovada pelos trabalhadores para pressionar o governo. A próxima rodada de negociação ocorrerá na próxima sexta-feira, dia 28, com a participação do relator da MP, senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
Agência Brasil