person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Governo prorroga atuação da Força Nacional em área indígena no RS

Indígenas da etnia kaingang sofrem com violência e pressão por arrendamento de terra

Força Nacional continuará em área indígena do RS | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

O governo federal prorrogou por mais 60 dias a presença da Força Nacional na Terra Indígena Serrinha, em Ronda Alta, no norte do Rio Grande do Sul. O local tem sido palco de conflitos causados por processos de arrendamento de terras. 

A portaria assinada pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira e estabelece que os militares devem ficar na região até o dia 5 de maio deste ano.

O emprego das forças de segurança tem sido constante nesta e em outras terras indígenas da região, após registros de violência contra indígenas. Segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), há registros de indígenas assassinados, presos e espancados. “Tudo para saciar a saga do lucro e da ganância sobre os bens indígenas”, informou a entidade ligada à proteção dos povos indígenas em nota publicada no dia 16 de outubro do ano passado.

Conflito interno

O conflito envolve os próprios indígenas da etnia kaingang. As famílias da região denunciam práticas ilegais de arrendamento para o plantio de soja dentro do território, o que acarreta constantes conflitos, incluindo assassinatos e expulsões de famílias de suas casas. De acordo com os relatos, 59% da população da Terra Indígena Serrinha não tem terras, enquanto o cacique e sua liderança arrendam toda a área agricultável.

O arrendamento das terras indígenas é realizado por uma cooperativa, que recebe três sacas de soja por hectare dos plantadores não-indígenas para um Fundo de Transição que deveria executar projetos sustentáveis, mas que nunca saíram do papel.

"As denúncias informam que a cooperativa não presta contas à comunidade, os recursos recebidos são utilizados exclusivamente para o plantio de monoculturas e para a compra de maquinários, deixando no abandono 387 famílias, em plena pandemia", diz o Cimi.

R7