No Estado, a mobilização é intensa junto à sede da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), entre Canoas e Esteio, na região Metropolitana de Porto Alegre, desde a semana passada. Nos últimos dias, ocorreram paradas momentâneas e vários atos na região. Ao longo desta terça-feira, junto com grupos de trabalhadores, foram feitos pronunciamentos e integrantes de outros sindicatos e também de partidos políticos, como o caso do PSTU.
Em discursos, eles pediam ainda a realização de uma greve geral contra a presidência da República, à revogação da reforma trabalhista e a valorização da Petrobras, que estaria em processo de desmonte nos últimos governos. Além disso, várias faixas davam o tom dos atos, como críticas aos governo federal e a corrupção.
Junto à entrada da sede de refino, foi montada um piquete em que há um grupo mobilizado. Em função do protesto que ocorreu na noite de terça-feira, em que manifestantes interromperam a passagem de caminhões com combustível e romperam a mangueira de três caminhões, o reforço no acesso ao local foi intensificado pela área da segurança.
Segundo o comandante de policiamento metropolitano, coronel Otto Amorim, a atuação "será proporcional a manifestação". Ele destacou que a mobilização que ocorreu no dia anterior resultou ainda em danos a dois carros da Brigada Militar e de moradores da região, que acabaram tendo os pneus furados por miguelitos, apetrecho de metal retorcido com pontas, que foram deixados na rua.
Mauren Xavier