“Estão mexendo no nosso plano de carreira! Estão retirando incorporações, reduzindo salários, cortando direitos. São ganhos que nos farão falta. São medidas de retrocesso”, disse o motorista Cláudio Pinto Dutra, 56 anos, que há 25 trabalha na prefeitura.
Everaldo Freitas de Medeiros, 45 anos, que atua na Secretaria de Administração há mais de 20, batizou a situação de Lei da Retaliação. “Estão tirando do menor para encher o bolso do maior, sem falar dos desvios de função, que são muitos.”
Paralela a manifestação pacífica que acontecia na rua, agentes da Brigada Militar, Polícia Civil e do IGP faziam levantamento e recolhiam provas e/ou indícios de possíveis digitais dos responsáveis pelo arrombamento, ainda pela manhã. Em nota, a Diretoria de Comunicação informou que foi alvo de vandalismo e que foram identificadas depredações como portas arrombadas, vidros quebrados, documentos e objetos revirados, além de pertences furtados, como notebooks, projetores, um televisor e ferramentas de trabalho. O principal alvo foi o gabinete do prefeito.
O secretário de Governança e Gestão, Juliano Paz, disse que o prejuízo chegou a R$ 12 mil e, sobre a greve, garantiu que os serviços básicos, como saúde, educação e segurança, estavam tendo atenção dobrada.
Investigação
O titular da 1ª DP de Cachoeirinha, delegado Leonel Baldasso, que está à frente das investigações, informou que, uma carta com tom de afrontamento e cunho político foi deixada em cima da mesa do prefeito.
“Apreendemos o material e encaminhamos à perícia, assim como pedaços de vidro. Digitais irão aparecer e com certeza identificaremos os autores. Nesta segunda-feira começaremos a ouvir pessoas e tentaremos imagens de câmeras do comércio local”, disse o delegado Baldasso.
Fernanda Bassôa