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Hospitais de Porto Alegre suspendem procedimentos eletivos e consultas

Quatro das principais instituições da capital gaúcha anunciaram medidas restritivas em decorrência do coronavírus

Cirurgias estão suspensas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre | Foto: HCPA/Divulgação

Quatro dos principais hospitais e grupos hospitalares de Porto Alegre anunciaram restrições no atendimento, para priorizar a ação aos casos de coronavírus, bem como evitar que o vírus se propague em locais com aglomeração de pessoas. Os sete hospitais da Santa Casa de Misericórdia, Moinhos de Vento, Hospital de Clínicas e o Grupo Hospitalar Conceição implantaram medidas que suspendem atendimentos eletivos, consultas e cirurgias. O Hospital Mãe de Deus e o Hospital Divina Providência seguirão atendendo a casos eletivos, considerados inadiáveis. No caso do Divina, a instituição vai seguir apenas com a programação de procedimentos oncológicos e cardíacos.

A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, que anunciou a suspensão de atendimentos eletivos, consultas e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particulares, adotou a medida como contenção da epidemia do covid-19. Ela começa a valer a partir de hoje. Mas o complexo hospitalar salienta que todas as agendas serão avaliadas, individualmente, para a identificação de casos cujo atendimento seja indispensável. Todos os demais serão contatados e orientados a não comparecer. Com relação às cirurgias eletivas, serão observados os mesmos procedimentos, com ênfase aos casos de oncologia e cardiovasculares. Os serviços de urgências e emergências seguem funcionando normalmente. Orientação que é semelhante ao adotado pelo Moinhos de Vento.

O hospital também suspendeu os procedimentos eletivos por tempo indeterminado. A decisão foi tomada pelo Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus para garantir a segurança de pacientes que não necessitem estar no ambiente hospitalar, bem como das equipes da instituição. “Em um momento grave como este, é nosso dever proteger pacientes e familiares que não precisam ficar aqui. E nossas equipes médicas, assistenciais e administrativas devem estar bem e saudáveis para cuidar da cidade e das pessoas diante da alta demanda das próximas semanas”, defende o superintendente médico do Moinhos de Vento, Luiz Antonio Nasi. Casos de emergência e urgência continuam com atendimento normal. 

Os hospitais públicos federais de Porto Alegre seguiram políticas parecidas. Como precaução, estão suspensas, até segunda ordem, todas as cirurgias eletivas no Hospital Conceição, que também restringiu o acesso à emergência aos casos que necessitam de acompanhamento médico periódico, mediante avaliação pela equipe responsável. O Hospital de Clínicas suspendeu cirurgias ambulatoriais e demais procedimentos considerados não essenciais, mas de pacientes que não sejam oncológicos ou de condição clínico-cirúrgica de menor gravidade, no Bloco Cirúrgico e Centro Cirúrgico Ambulatorial. O agendamento de cirurgias, a partir dos atendimentos nos ambulatórios, exceto casos de extrema gravidade ou necessidade, também estão interrompidos. Os transplantes de órgãos e tecidos estão restritos, e critérios para a sua execução serão determinados por cada programa e o Serviço de Transplantes. As medidas visam diminuir aglomerações e adequar recursos e espaços físicos envolvidos nos planos de contingência ao enfrentamento do coronavírus.

A rede de saúde Divina Providência, que administra dois hospitais na capital - o Divina Providência e o Independência -, manteve parte de sua agenda de cirurgias eletivas. No entanto, adotou políticas de restrição de circulação de pessoas em suas instituições. Foram reduzidos a quantidade de horários de visitas, bem como o seu tempo e o número de pessoas. Em nota, o Hospital Mãe de Deus, afirma também que não adiará as cirurgias e procedimentos e cirurgias, pois acreditam que os hospitais estarão muito mais ocupados em 30 e 60 dias do que nesse momento. “Pensando em tudo isso, para cirurgias e procedimentos cujo o adiamento indefinido não é a melhor decisão, nossa postura é de continuidade do funcionamento dos serviços”, consta.

 

Gabriel Guedes