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Verão

Especial

Hospital de Campanha em Porto Alegre tem dez leitos ocupados após quase um mês de funcionamento

Emergência apresentou diminuição de 30% nas internações, segundo a direção

| Foto: Guilherme Almeida

Com quase um mês de funcionamento, o hospital de campanha montado pelo Exército no bairro Restinga, na zona Sul de Porto Alegre, está com dez leitos ocupados de um total de 17 vagas destinadas a pacientes com Covid-19. A estrutura em funcionamento desde o dia 19 de março serviu para desafogar a emergência do Hospital Restinga e Extremo-Sul que se encontrava superlotada no mês de março.

O diretor-geral do hospital, Paulo Scolari, informou que a instituição de saúde não está mais com "aquele sufoco" registrado em março quando a emergência chegou a ter 82 pacientes e o hospital de campanha estava com as 17 leitos ocupados. "Naquele período, estávamos recebendo apenas casos de risco de morte para que pudéssemos organizar o sistema", ressaltou. Conforme Scolari, a emergência apresentou uma diminuição de 30% nas internações e hoje está com 45 pessoas.

Cuidados que compensam 

O diretor do Hospital Restinga e Extremo-Sul acredita que tanto a diminuição de pacientes no hospital de campanha quanto na emergência tenha a ver com o cuidado das pessoas (uso da máscara e o distanciamento social) e a vacinação contra o coronavírus. "A população entendeu que a situação dos hospitais estava crítica", ressaltou. Scolari informou ainda que conversou com o secretário municipal da Saúde, Mauro Sparta, sobre a permanência da estrutura de campanha no pátio do hospital por tempo indeterminado. "Tivemos um declínio nas internações, mas ainda não conhecemos direito essa doença. A nossa ideia é permanecer com a estrutura do Exército até que tenhamos uma estabilização das internações", acrescentou.

Tanto os pacientes internados na emergência quanto no hospital de campanha não podem receber visitas de familiares e amigos. Os leitos do primeiro hospital de campanha de Porto Alegre foram criados com a intenção de acomodar melhor os pacientes que chegam na emergência do Hospital Restinga e Extremo-Sul. A estrutura de 144 metros quadrados está instalada no pátio da instituição de saúde.

O Hospital Restinga e Extremo-Sul conta com 101 leitos de internação, 20 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os 80 da emergência. Todas as vagas estão com pacientes com coronavírus. O hospital de campanha funciona com 60 profissionais do próprio hospital Restinga e Extremo-Sul - médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. 

Além de montar a estrutura, o Exército disponibilizou oito respiradores, 17 camas, 20 monitores, gerador de energia e sistema de ar-condicionado. O material do hospital de campanha veio de Manaus onde estava no Hospital Militar de Área de Manaus. A proposta inicial era que o hospital de campanha tivesse oito leitos de UTI e 12 de enfermaria, mas as unidades de terapia intensiva estão instaladas dentro do hospital Restinga e Extremo Sul. A estrutura do hospital de campanha ficou para os leitos de enfermaria. O espaço de três leitos no hospital de campanha foi utilizado para a colocação de equipamentos e, por esse motivo, são 17 leitos de enfermaria. A criação do hospital partiu de uma operação conjunta entre a prefeitura de Porto Alegre, o governo do Estado e o Exército, após um pedido feito pelo governador Eduardo Leite ao Comando Militar do Sul (CMS).

 

 

Cláudio Isaías