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Verão

Especial

Ibirubá decreta situação de emergência por causa da chuva

Horizontina também deve encaminhar documento após levantamento de estragos

Chuva provocou estragos em Santo Cristo | Foto: Felipe Dorneles/Especial CP
Ibirubá é o primeiro município gaúcho a decretar situação de emergência em função dos fortes temporais da madrugada desta segunda-feira. A precipitação fez com que 120 pessoas ficassem desalojadas na cidade, segundo a Defesa Civil do Estado. Outras seis prefeituras devem entrar para a lista nas próximas horas.

O órgão do Estado ainda faz o levantamento dos estragos causados pela chuva. A estimativa é de que 500 mil pessoas tenham sido afetadas em todo o Rio Grande do Sul. As residências danificadas são cerca de 3 mil, segundo a Defesa Civil, e pelo menos 300 pessoas estão desabrigadas e outras 1,5 mil desalojadas. A região mais atingida foi a Nordeste, mas as áreas central, Norte e de fronteira também foram bastante prejudicadas. São pelo menos 15 municípios prejudicados, de acordo com o chefe de Comunicação do órgão, capitão Alexsandro Goi.

Horizontina

Em Horizontina, a tempestade destelhou casas, derrubou postes de energia elétrica e árvores na zona urbana e rural da cidade. O prefeito, Irineu Colato, informou que amanhã deve decretar situação de emergência. Centenas de residências foram atingidas, mas ninguém ficou ferido e também não há desabrigados.

A população atingida está se acomodando em casas de vizinhos e familiares. O Corpo de Bombeiros e população de municípios próximos ajudam na reconstrução e limpeza das ruas. Os bairros mais atingidos foram o centro, Bela União, Operário, Colato e Industrial.

Além de residências, prédios públicos e comerciais também foram atingidos. Uma marcenaria, na área industrial, entrada da cidade foi totalmente destruída. Parte da estrutura da fábrica de colheitadeiras da John Deere foi danificada. O telhado do prédio da Escola Municipal Monteiro Lobato e a grade de ferro que cerca a escola chegaram a ser arrancados. As aulas de todas as escolas do município estão canceladas e não há previsão para retorno.

Armazéns da Cooperativa Agropecuária Alto Uruguai (Cotrimaio) foram danificados e um de recebimento de grãos, na Esquina Tunas, interior da cidade, foi destruído. Um veículo que estava dentro do local foi atingido. O Ginásio de Esportes do Bairro Bela União e pavilhões do Parque de Eventos do município tiveram a estrutura danificada.

No interior, lavouras de soja e estufas onde eram produzidos hortigranjeiros foram destruídas pela força do vento. A prefeitura, junto da Defesa Civil, está produzindo um relatório, que deve revelar o número de residências atingidas e calcular os prejuízos para produzir o decreto de situação emergência.

Outras cidades

Três Passos no Noroeste do Rio Grande do Sul, também foi uma das cidades mais prejudicadas, onde a chuva da madrugada afetou 18 mil pessoas. O quartel do 7º Batalhão da Brigada Militar foi destelhado, assim como cerca de outras 50 residências. A prefeitura ainda tenta mensurar os problemas causados pela tempestade.

Tupanciretã, no Centro, foi outra cidade atingida. A prefeitura é uma das que deve decretar situação de emergência. Santo Cristo, que foi um dos municípios mais prejudicados, também deve fazer o pedido. Muitas casas e estabelecimentos ficaram destelhados, postes de energia elétrica no chão e estruturas de ferro foram demolidas. Ainda devem entrar para a lista: Campinas das Missões e Vila Nova do Sul.

Em Ijuí, uma das áreas mais afetadas foi a central. Na Praça da República, árvores e galhos quebraram devido aos fortes ventos, que tiveram duração de mais de meia hora. O Corpo de Bombeiros recebeu sete chamados de destelhamentos, mobilizando equipes no trabalho de colocação de lonas. Na BR-285, três árvores caíram sobre a pista durante a madrugada, mas a rodovia ficou apenas parcialmente obstruída.

Os municípios de Coronel Barros, Ijuí, Bozano, Augusto Pestana, Boa Vista do Cadeado, Jóia e parte de Ajuricaba também registraram danos com o temporal. Os principais prejuízos foram causados pelo rompimento de cabos condutores provocado por quedas de árvores e galhos.

Previsão

A instabilidade deve persistir no Rio Grande do Sul até a quinta-feira, segundo a MetSul Meteorologia. Há risco de chuva forte, como a que caiu nesta madrugada. Áreas de instabilidade se formarão, nas próximas horas, sobre o Paraguai e o Norte da Argentina, o que deve provocar elevados volumes de chuva em alguns pontos do Noroeste gaúcho.

Terça e quarta-feira, o tempo deve seguir instável com muitas nuvens e períodos de chuva forte em alguns pontos da metade Norte do Estado. Já na metade Sul, o sol deve aparecer com nuvens e podem ocorrer, porém, períodos de maior nebulosidade.

Porto Alegre, nos próximos dias, ficará na área de transição – na divisa entre a instabilidade do norte e o ar seco do sul. Essa característica impedirá que o tempo firme na Capital. Segundo a MetSul, haverá muitas nuvens com ocasionais aberturas de sol, mas não se pode descartar chuva na terça, quarta e na quinta-feira.

Luz
A tempestade resultou ainda em falta de luz no Estado, em razão da queda de postes de energia. Na tarde desta segunda-feira, são 82,9 mil pontos sem eletricidade no Rio Grande do Sul. Esse número chegou a 107 mil no início da tarde.

A área administrada pela RGE é a mais crítica, com 52 mil clientes às escuras na região Oeste. A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) calcula que aproximadamente 21 mil estejam sem luz, divididos entre Porto Alegre (15 mil), Rio Grande (5 mil) e Bagé (900).

A AES Sul informa que 9,9 mil clientes estão sem energia em sua área de concessão. A maior parte está na região da fronteira. Pelo menos 263 equipes trabalham para restabelecer o serviço.

Correio do Povo