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Especial

Indústria e construção civil criticam restrições em Porto Alegre

Decreto entra em vigor a partir desta sexta-feira para esses segmentos

Decreto, que entra em vigor a partir desta sexta-feira, proíbe o funcionamento da atividade da construção civil | Foto: Ricardo Giusti

As alterações previstas no decreto da prefeitura de Porto Alegre que determinam restrições das atividades em vários setores por conta do novo coronavírus, desagradaram representantes da indústria e da construção civil. O decreto, que entra em vigor a partir desta sexta-feira para esses segmentos, proíbe o funcionamento da atividade da construção civil - com exceção às obras de serviços de saúde, segurança, educação e assistência social - e restringe o da indústria.  

O Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon) critica a paralisação das atividades e projeta o fechamento de mais de 192 canteiros na Capital. 

De acordo com o presidente da entidade, Aquiles Dal Molin, desde 27 de abril, quando o setor retomou a atividade, não foi registrado nenhum caso da doença nos canteiros de obras. "O que comprova que a construção civil não é o vetor de contágio da Covid-19", observa.

Dal Molin reforça que as empresas estão cumprindo rigorosamente os protocolos de prevenção. "Consideramos não ser razoável a paralisação de uma atividade de tão grande relevância econômica e social”, afirma.

Medida agrava as perdas do setor

Insatisfeita com mais um decreto municipal que restringe as atividades industriais em Porto Alegre, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) também critica a decisão da Prefeitura.

Na avaliação da entidade, a medida agrava as perdas do setor, que já sofre com o impacto provocado pela pandemia do novo coronavírus. Conforme pesquisa da Fiergs, a atividade da indústria gaúcha caiu mais de 13% em abril, em relação a março, quando já havia recuado 10%.

O presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry avalia que é injustificável o aumento de restrições ao setor e alerta que as fábricas dispõem de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e já adotam novas práticas de prevenção contra a Covid-19. Para Petry, as mudanças constantes causam insegurança ao setor. "O industrial não pode programar sua produção e o empregado não sabe quando vai trabalhar, se vai trabalhar ou manter seu emprego”, justifica.

O dirigente ainda destaca a necessidade de investimentos para equipar e ampliar hospitais regionais e evitar a concentração de internações na Capital.

Com base em dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Petry alega que em Porto Alegre cerca de 65% dos leitos das unidades dedicadas à Covid-19 estão sendo utilizados por pacientes de outros municípios. "A Capital não pode ser penalizada por este fato", acrescenta.

Felipe Samuel