O evento, batizado de “isoporzaço”, foi criado pelo Facebook com a alegação de que só os comerciantes pequenos estão sendo prejudicados com as inspeções. Os organizadores pedem que os participantes levem cerveja, quentão, refrigerante e água para serem consumidos na calçada, em frente dos bares interditados.
Além disso, o evento defende que as pessoas que vivem na região sejam respeitadas, sem o registro de confusões ou baderna, e dentro dos limites de horário impostos pelo decreto municipal que regulou em 2012 o funcionamento dos bares da Cidade Baixa.
Nessa quinta-feira, a Smic fechou o bar Mulligan, na rua Lima e Silva. Na quarta, já haviam sido interditados o Porto Carioca, o Tapas Bar, o Van Gogh e o Bahamas, todos esses na rua da República. De acordo com a Smic, os estabelecimentos já haviam sido notificados e multados em relação ao funcionamento fora do horário regular. Conforme o órgão municipal, os estabelecimentos vinham descumprindo a regra.
O decreto prevê que os bares e restaurantes devem fechar às 2h, com tolerância de 30 minutos, nas sextas-feiras, sábados e vésperas de feriado. Nesses dias, os comerciantes podem colocar mesas em recuos e em passeios públicos em frente aos estabelecimentos até as 2h30min.
De domingo a quinta-feira, o horário limite vai até a 1h, com tolerância de 30 minutos. Após a meia-noite, porém, já não é permitida a colocação de mesas em recuos e calçadas, bem como o funcionamento de ‘decks’ externos e áreas abertas.
Smic vai analisar defesa de bares interditados na próxima semana
Os responsáveis pelos bares interditados pela fiscalização apresentaram defesa na Smic e a justificativa deve ser analisada por uma comissão técnica na próxima semana. O secretário da Smic, Humberto Goulart, destacou que, se avaliação for positiva, os estabelecimentos poderão reabrir, desde que firmem um Termo de Compromisso garantindo.
Lucas Rivas/Rádio Guaíba