O lixo descartado incorretamente é uma das reclamações mais recorrentes no Loteamento Porto Novo, bairro Rubem Berta, na zona Norte de Porto Alegre. O problema ganha lente de aumento neste período em que há infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zilka e chikungunya. No sábado, uma equipe de servidores municipais e de profissionais do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) eliminou focos e possíveis criadouros do mosquito, plantou árvores e construiu jardins em conhecidos pontos de descarte irregular de lixo, na avenida Vila Santíssima Trindade e no entorno. A ação surgiu de um pedido feito pelo Conselho Local de Saúde. “É uma estratégia para tentar manter esta área livre de resíduos. Quem sabe com um jardim aqui, as pessoas vão se sentir constrangidas em jogar lixo”, diz a dentista da Unidade Santíssima Trindade do GHC, Camila Samara Funk.
Os moradores denunciam que a maioria dos descartes clandestinos é feita por pessoas de fora do loteamento. A conselheira municipal de Saúde, Iara Guedes de Deus, diz que torce para uma mudança de realidade. “Muitas vezes já chamei a atenção de pessoas, mas sempre recebo xingamentos de volta. Elas não dão valor para a coleta de lixo. As comunidades têm que sensibilizar”.
Parte dos moradores cobra da prefeitura a aplicação da lei que prevê a multa para quem descarta lixo irregularmente. O secretário-substituto Jorge Cuty, que participou da ação, disse que vai acionar a Guarda Municipal para tentar flagrar os infratores. “As pessoas podem fotografar, filmar, fazer a denúncia pelo 156, anotar a placa dos veículos que joga lixo aqui no Loteamento. Cada um tem que fazer a sua parte”, solicita.
Cíntia Marchi