Os desafios do setor farmacêutico e a autuação das instituições de saúde durante a pandemia da Covid-19 foram temas discutidos nesta sexta-feira durante a 6ª Jornada de Farmácia Hospitalar do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) no auditório da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs).
A iniciativa abordou também os desafios relacionados ao aumento da demanda por insumos, além de lidar com o desabastecimento destes produtos no mercado. Na abertura do evento, o presidente do Sindihospa, Henri Siegert Chazan, destacou que a pandemia resultou no aparecimento de soluções, como o surgimento da receita eletrônica - o que possibilitou que as pessoas pudessem receber a receita pelo WhatsApp.
"Houve uma falta de medicamentos nas farmácias que atingiu níveis críticos. Neste momento, a solidariedade entre os hospitais ajudou a resolver o problema. Algumas instituições de saúde emprestaram remédios porque tinham mais nos seus estoques", acrescentou. Segundo Chazan, as inovações tecnológicas estão andando mais rápidas no setor em razão da pandemia.
Conforme o presidente do Sindihospa, o setor de farmácia é um dos mais importantes das instituições hospitalares porque é responsável por apoiar a assistência aos pacientes, fornecendo itens essenciais como medicamentos, materiais e Equipamentos de Proteção ao Individual (EPIs). A 6ª Jornada de Farmácia Hospitalar reuniu especialistas de instituições do Estado e do país que discutiram também a inteligência artificial na segurança de medicamentos, questões sobre a farmácia clínica e a importância do farmacêutico na desospitalização.
“A Jornada é um evento importante para o setor de saúde”, destacou Chazan. A farmacêutica Shirley Frosi Keller, do Comitê de Farmácia do sindicato, destacou que a jornada é sempre muito aguardada pelos profissionais da área. “O encontro proporcionou uma atualização e uma troca de experiência para esse setor, que nunca parou de planejar, organizar e suprir as necessidades de todas as estruturas hospitalares durante a pandemia”, acrescentou.
Os representantes do Sindihospa foram eleitos para o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI). O órgão, que integra a estrutura do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, é responsável pela elaboração de diretrizes para formulação e implementação de políticas para a terceira idade. O grupo contará com as presenças de Henri Siegert Chazan, presidente do Sindicato, como titular, e de Cristiano Lisboa Martins, advogado e membro do Núcleo de Residenciais Geriátricos - Moderna Idade, como suplente. Ambos foram indicados para o Conselho pela Confederação Nacional da Saúde (CNS), uma das seis entidades da sociedade que integrarão o colegiado no biênio 2021/2023.
O sindicato, por meio do Núcleo de Residenciais Geriátricos - Moderna Idade, promoveu uma série de iniciativas em favor da população idosa. O grupo participou da formulação de protocolos de segurança contra a Covid-19 para as Instituições de Longa Permanência para Idosos, lançados pela Secretaria Estadual da Saúde. Além disso, doaram 250 kits de higiene para instituições carentes de Porto Alegre.
Cláudio Isaías