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"Lamentamos as mortes", diz Bolsonaro após sobrevoo em SP

Estado registra, até o momento, 24 óbitos e mais de 1.500 famílias desabrigadas ou desalojadas por causa das fortes chuvas

Jair Bolsonaro sobrevoou cidades atingidas pelas chuvas em São Paulo | Foto: Clauber Cleber Caetano / PR / Divulgação / CP

Após ser criticado por não visitar estados que tiveram tragédias climáticas no fim do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro sobrevoou, nesta terça-feira, cidades atingidas pelas chuvas em São Paulo e lamentou as mortes. Até a publicação desta reportagem, havia o registro de 24 óbitos e mais de 1.500 famílias desabrigadas ou desalojadas.

"Desde quando tomamos conhecimento do ocorrido, mandamos para cá o secretário da Defesa Civil, que entrou em contato com os prefeitos da região. E hoje presentes aqui seis ministros. Lamentamos as mortes, sabemos que muitas vezes as pessoas constroem suas residências, por necessidade, em locais que 10, 20, 30 anos depois o tempo leva a desastre", afirmou.

'A visão [do sobrevoo] é algo que nos marca. Muitas áreas onde foram construídas residências faltou alguma visão, por parte de quem as construiu, de futuro, bem como por necessidade", acrescentou.

O estado de São Paulo enfrenta fortes chuvas desde o fim de semana. Até o momento, há o registro de 24 mortos e mais de 1.500 famílias estão desabrigadas ou desalojadas. Segundo a Defesa Civil, algumas regiões ainda correm alto risco de deslizamento por causa da umidade do solo.

"Esse momento é de solidariedade às famílias que tiveram vítimas, de acolhimento com as pessoas que estão desabrigadas e trabalhamos, em conjunto com governo do estado, municípios e sociedade civil, para fazermos frente a essas ocorrências e, com planejamento de que forma nós vamos recuperar os estragos", disse o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

O ministro destacou que manterá uma equipe na região nos próximos 15 dias para tratar com as prefeituras sobre linhas de financiamento e possíveis formas para trabalho em conjunto de obras de maior vulto.

"Quando as pessoas falam de pessoas em situação de dificuldade e pobreza, pensa-se que isso está afeito ao Nordeste e outras regiões do Brasil. Aqui, no estado mais rico do país, nós temos, sim, pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade, pessoas que precisam do suporte do Estado brasileiro, e nós estamos trabalhando de todas as formas para dar a cada uma dessas pessoas o mínimo de dignidade”, afirmou o ministro João Roma (Cidadania).

A visita de Bolsonaro às cidades paulistas ocorre após o presidente ter sido duramente criticado por não ter visitado a Bahia nem Minas Gerais, estados que também foram castigados por fortes chuvas no fim do ano. Na ocasião, Bolsonaro tirou férias e foi para a praia, em Santa Catarina.

Pedido do governo de São Paulo

O governo de São Paulo enviou ao governo federal um requerimento pedindo R$ 471 milhões para socorro às vítimas das enchentes. Questionado sobre o tema, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que o pedido foi de forma errada e que João Doria, governador do estado e rival político de Bolsonaro, tem esse conhecimento.

“Quanto ao pedido do governador: ele sabe [de] que forma deve fazer essa solicitação. Não é a Defesa Civil, não é dessa forma. Ele tem que endereçar ao Orçamento-Geral da União e essa discussão se dá no ano que antecede [à elaboração do orçamento]. Eu tenho certeza que o governador tem essa informação”, argumentou Marinho.

De acordo com o ministro, o ofício emitido pelo governo paulista trata de obras que dizem respeito à previsão orçamentária. “Obras que não dizem respeito ao momento que estamos vivendo. Agora a necessidade é tratar das pessoas e isso é ação emergencial”, complementou.

O titular destacou que Bolsonaro emitiu medida provisória com valor de R$ 1,8 bilhão para atender questões ligadas às chuvas em todo o país. Dessa quantia, R$ 400 milhões vão para o Ministério da Infraestrutura, R$ 700 milhões, para o da Cidadania, e mais de R$ 500 milhões, para o do Desenvolvimento Regional.

R7